Focados totalmente em clientes de média e baixa renda, a Nubank, famosa por seus cartões roxos, ainda está longe de lançar produtos para consumidores com maior poder aquisitivo. Segundo Cris Junqueira, vice-presidente da fintech, o custo de operação não justifica o investimento.

“O cliente (com cartões) ‘black’ são caros para nós”, afirma a executiva. “É difícil tirá-los dos bancos nos quais já estão, porque esses clientes, sim, são bem tratados”, afirma Cris.

Segundo ela, neste momento, a missão é atrair clientes “platinum”, de renda entre média e alta. O ímã é o plano de recompensas. O Nubank Rewards foi lançado em agosto de 2017 com o intuito de atrair consumidores que pagam altas taxas de anuidade em troca de pontos maiores no programas de fidelidade.

“Sabemos que conseguimos lançar um serviço que é o melhor do mercado. Pontos não expiram, não há restrições para uso em passagens, não há restrições para transferência de pontos”, afirma Cris.

Outra meta da fintech é abrir para todo o mercado a Nuconta, conta corrente lançada em outubro de 2017, mas que ainda está em fase de testes. “Sabemos que o produto ainda não está completo”, diz a executiva. “Ele ainda está em fase de testes apenas para clientes dos cartões”, afirma.

Cadastro Positivo

A fintech, criada em 2013, foi abraçada pelo público por apresentar-se como uma alternativa aos bancos. Sem grandes investimentos em marketing, a empresa já alcançou 4 milhões de clientes. Agora, os executivos esperam a aprovação da lei do Cadastro Positivo para atrair ainda mais clientes.

“Muitos não possuem holerites, têm dificuldades para comprovar renda. Então, barramos pessoas que não devem ser barradas”, afirma Cris. “Com o cadastro positivo, isso poderá nos ajudar a filtrar melhor e incluir esse consumidor”, conclui.