Qual o perfil da Advanced?
Somos uma corretora especializada em câmbio, com foco nas transações comerciais. Ou seja, processamos as transações cambiais nas operações de exportação e importação. Iniciamos nossas operações em 1999 e estamos em primeiro lugar no ranking do BC considerando o mercado primário. Apesar de sermos uma corretora independente, estamos à frente dos grandes bancos de varejo nesse negócio. Temos 45 mil clientes ativos e realizamos em média 700 operações por dia. Empregamos 170 pessoas e temos escritórios e plataformas comerciais em oito cidades brasileiras.

Há oportunidades de crescimento?
Sim. O mercado é dominado pelos bancos de varejo: eles realizam 99,3% dos negócios. Os 0,7% restantes estão com cerca de 70 corretoras independentes, como a nossa. Assim, há uma margem de manobra enorme para crescimento, pois nosso negócio é basicamente de prestação de serviços.

Como competir?
Apostando no entendimento das necessidades do cliente. Eles deixam de trabalhar com as grandes instituições porque o contato é frio, impessoal. No nosso caso, sentamos para conversar com o cliente, ele fica à vontade para explicar o que precisa e nós podemos orientá-lo a tomar a melhor decisão.

Como vocês pretendem expandir seus negócios?
Ficando perto do cliente. Abrimos escritórios próximos a grandes portos para atender os agentes de carga. Estamos realizando um trabalho grande no porto de Itajaí, em Santa Catarina, que tem apresentado resultados excepcionais. Agora, estamos olhando para os portos de Vitória e de Recife para ampliar
essa ação.

Sua empresa tem contato com empresários e investidores internacionais. Qual a visão deles sobre o Brasil?
O interesse em investir é grande. O agronegócio, por exemplo, vem crescendo absurdamente. E ainda há muitos gargalos na infraestrutura para escoar a produção. Então, o agronegócio interessa e a infraestrutura interessa. E não é só isso. O turismo poderia ser mais bem explorado e o mercado imobiliário também. O potencial de crescimento do Brasil é imenso, e os investidores internacionais percebem isso claramente.

AQUISIÇÃO
BTG Pactual compra corretora do grupo Fator

O BTG Pactual adquiriu 100% do capital da Fator Corretora, por um valor não revelado. O negócio se insere em sua estratégia de expansão no segmento de assessoria de investimentos. Criada em 1967, a Fator era uma das corretoras de valores mais tradicionais do mercado brasileiro. Ao longo do tempo, a empresa expandiu sua atuação para a gestão de recursos, as fusões e aquisições e os seguros. Com a venda, os recursos vão reforçar essas atividades, que permanecem com o grupo. Já a corretora será integralmente absorvida pelo BTG Pactual. A conclusão do negócio está sujeita a aprovações regulatórias, inclusive do Banco Central (BC).

AUTORIZAÇÃO
Banco central e cade aprovam venda da Easynvest

O Banco Central (BC) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovaram a aquisição da corretora e plataforma de distribuição de investimentos Easyinvest pelo Nubank. Anunciado em setembro passado, o negócio envolveu o banco digital, com cerca de 40 milhões de clientes e uma das primeiras corretoras a desenvolver uma plataforma de distribuição de investimentos. Isoladamente, a Easynvest possui 1,5 milhão de clientes e R$ 23 bilhões em ativos sob custódia. Em nota, o Nubank declarou que a aprovação da aquisição da Easynvest é mais uma etapa concluída dentro do compromisso de reinventar o mercado de investimentos no Brasil.

EM ALTA 5,04%

É a expectativa dos profissionais do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, segundo a edição mais recente do Relatório Focus, divulgada pelo Banco Central (BC) na segunda-feira (3). O prognóstico para a inflação é levemente superior aos 5,01% previstos na edição da semana anterior, e também está acima dos 4,81% previstos quatro semanas antes. As projeções para o IPCA, que serve de parâmetro para a meta de inflação, não ficavam acima de 5% desde 2017, antes da adoção do Teto de Gastos.

EM BAIXA 52,3

Foi o índice de Gerentes de Compras (Purchasing Managers Index, PMI) da indústria brasileira em abril. O indicador registrou uma leve queda frente aos 52,8 pontos de março, segundo informou o instituto IHS Markit na segunda-feira (3).

O índice manteve a trajetória descendente, apesar de a baixa ter desacelerado em relação a março. A demanda fraca e o aumento generalizado dos preços das matérias-primas levaram as indústrias a reduzir suas compras, indicando uma atividade mais fraca no início do segundo trimestre.