A ‘revolução’ tecnológica que ajudou cientistas a desenvolver vacinas para Covid-19 em menos de um ano deve ser acelerada, para que, quando a próxima pandemia chegar, a injeção fique pronta em 100 dias, segundo um estudo internacional de coalizão afirmou na última quarta-feira (10).

Convocando doadores internacionais a apoiar uma estratégia de cinco anos e US $ 3,5 bilhões para enfrentar os riscos de uma futura pandemia, a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) disse que a próxima doença emergente poderia ser ainda pior do que o coronavírus.

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Apesar de 2,5 milhões de mortes por Covid-19 até agora, podemos não ter tanta ‘sorte’ da próxima vez, afirmou o presidente-executivo da CEPI, Richard Hatchett, em um evento.

Para ele, a pandemia da Covid-19 não é a primeira pandemia do século 21 e, a menos que ajamos agora, podemos ter certeza de que não será a última. “Não há nada, absolutamente nada, impedindo o surgimento do próximo vírus emergente muito mais letal”, acrescentou.

Governos, organizações globais de saúde e outros parceiros devem fazer investimentos em segurança agora e tirar proveito da ‘revolução da vacina’ que foi catalisada pelo Covid-19.

Hatchett disse que o objetivo é ter uma plataforma que possa ser usada para desenvolver uma nova vacina em 100 dias.

Criado em 2017 com financiamento inicial de doadores da Alemanha, Japão e Noruega e da Fundação Bill & Melinda Gates e da instituição de caridade global de saúde Wellcome Trust, o CEPI desempenhou um papel fundamental no financiamento do desenvolvimento inicial de várias vacinas.