A corrida pela vacina contra a covid-19 está mobilizando pesquisadores e cientista em todo o mundo, mas enquanto o imunizante não fica pronto, produtos alternativos são criados para reduzir a proliferação do vírus.

Entre eles está o biocobre, criado pela startup Biocobre Biotecnologia. Trata-se de um revestimento adesivo à base de íons de cobre com capacidade antimicrobiana capaz de inativar  o vírus.

Segundo o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), responsável pelo Laboratório QuasarBio, em testes preliminares o biocobre foi capaz de inativar mais de 77%, do Sars-Cov-2 em menos de dois minutos, 95% em menos de 10 minutos, e mais de 99% em até 30 minutos, reduzindo de forma expressiva as chances de contaminação em áreas aplicadas.

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O produto pode ser aplicado em objetos que são muito tocados pelas pessoas, como catraca de ônibus, botões do elevador, equipamentos de academia, torneiras e maçanetas de locais públicos, entre outros lugares.

Outro grupo de pesquisadores brasileiros criaram, por sua vez, uma fórmula de antisséptico bucal que pode inativar em 96% a proliferação do vírus da covid-19.

A pesquisa foi realizada pelo Centro de Pesquisa e Inovação da Dentalclean com o apoio da Universidade de Odontologia de Bauru, Instituto de Ciências Biológicas, Instituto Federal do Paraná e Universidade Estadual de Londrina.

A expectativa é que o antisséptico, que teve a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso em humanos em outubro, comece a ser comercializado em dezembro.

No caso da Academia Les Cinq Gym, a aposta é para um neutralizador de ar para o combate ao novo coronavírus. A empresa adquirir o aparelho Oxira, uma tecnologia australiana, que chegou recentemente ao Brasil. É um tubo de 36 cm de comprimento, acoplado com lâmpadas, que emitem radiação ultravioleta tipo C (UV-C) é colocado em locais estratégicos no ambiente, com a finalidade de “sugar” o ar para que os microrganismos em suspensão sejam eliminados. O produto tem laudo de eficiência contra o coronavírus emitido pela  Unicamp (Universidade de Campinas) e não causa dano às pessoas que se estão no local.

É importante ressaltar que todos esses produtos são uma forma de prevenção e não a cura da doença, por isso, medidas como uso de máscara, higienizar as mãos e distanciamento social continuam valendo.