A pendente fusão entre a Renault e o grupo Fiat-Chrysler (FCA) pode afetar outro montadora, do outro lado do planeta. A marca francesa é hoje uma das principais acionistas da Nissan, com quem realizam parcerias estratégicas. Porém desde o caso de Carlos Ghosn e seu afastamento da empresa, as relação entre as duas companhias está abalada. Com uma possível fusão entre Renault e FCA, a Nissan deverá fazer uma revisão com sua parceira européia, segundo declaração Hiroto Saikawa, presidente-executivo da marca japonesa para a Reuters.

Segundo o executivo, a proposta de fusão muda “significativamente” as relações Renault-Nissan, o que acarretará em uma reavaliação fundamental do acordo entre as montadoras. Porém Saikawa abriu possibilidade de diálogo, afirmando que uma eventual chegada da FCA na aliança Renault-Nissan pode expandir o “campo de pagamentos”, além de abrir novas oportunidades para parcerias.

A Renault não comentou as declarações, mas uma fonte escutada pela Reuters disse que o posicionamento do executivo da Nissan poderia ter sido pior e ter fechado as portas de um acordo. A FCA está envolvida em intensas discussões com a Renault e o governo francês sobre a proposta de fusão de 35 bilhões de dólares que fez na última segunda-feira para criar a terceira maior montadora do mundo.