Em negociação, o acordo de comércio entre Brasil e Estados Unidos tem plano ambicioso por parte do governo Bolsonaro, segundo apuração da Reuters. Segundo a agência de notícias, o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia Marcos Troyjo quer sair da reunião com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross – que acontece nesta quarta-feira (31) – com um cronograma para atuação nos próximos meses, além de avançar em acordos envolvendo tarifas e temas não tarifários.

O objetivo de Troyjo é que ao final do encontro nos Estados Unidos, o Brasil tenha um cronograma de como avançar no acordo nos próximos seis meses nas áreas de infraestrutura, investimento e facilitação de negócios. Segundo o secretário, o principal interesse do Brasil no acordo é a melhora do intercâmbio econômico e comercial com os EUA. Já Ross disse na manhã desta terça-feira (30) que seu país está comprometido em criar fortes relações comerciais com o Brasil.

A vontade de fechar um acordo comercial foi reiterada pro Trump durante coletiva de imprensa hoje (30), que reclamou do Brasil cobrar muitas tarifas dos EUA, mas disse ter bom relacionamento com Bolsonaro e sua família.

Ao falar sobre o Brasil, Ross relembrou que o País faz parte do Mercosul, fazendo com que todas as relações tarifárias negociadas terão que passar pelo crivo da união aduaneira da América do Sul, hoje composta por Brasil, Argentina, Venezuela, Paraguai e Uruguai. Mas o dirigente norteamericano chamou a atenção para a “conexão e coincidência de propósitos” entre Trump, Bolsonaro e Mauricio Macri, da Argentina como uma maneira de resolver estas questões rapidamente.