Já dura quase duas horas a reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para fechar os detalhes da proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso Nacional. O encontro ocorre no Palácio da Alvorada e conta ainda com a participação dos ministros-chefes da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Também participam o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Oliveira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, seu adjunto, Bruno Bianco, e o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim.

Bolsonaro disse na quarta-feira à Record que bateria nesta quinta o martelo sobre a proposta. Um dos impasses é em relação à idade mínima de aposentadoria. A minuta trazia uma proposta de idade mínima igual de 65 anos para homens e mulheres, mas o presidente tinha resistências. A equipe econômica, porém, vem tentando fazer o convencimento com dados mostrando que a diferença salarial entre os mais jovens (que serão atingidos por essa idade mínima) é menor do que em outras faixas etárias.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Guedes ainda busca uma forma de atender a vontade do presidente de exigir 57 anos e 62 anos para mulheres e homens, respectivamente, se aposentarem, em 2022. Uma das propostas é usar essas idades como referência no último ano do mandato do presidente no desenho da regra de transição. A intenção é partir da idade mínima inicial de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens a partir da promulgação da reforma da Previdência.