O lucro líquido da B3 caiu 12,3% no primeiro trimestre de 2022 ante igual período de 2021, para R$ 1,1 bilhão. A receita também recuou, caindo 4,6%, para R$ 2,5 bilhões na comparação anual. De acordo com a bolsa, a inflação global, o início da guerra na Ucrânia e a volta da Covid na China trouxeram mais incertezas aos mercados, elevando a aversão ao risco por parte dos investidores. O volume financeiro médio diário negociado em ações na B3 caiu 15,3% no trimestre, recuando para R$ 31,2 bilhões. No segmento de derivativos o volume médio diário foi de 4,4 milhões de contratos, queda de 16,4% na mesma base. A bolsa ressaltou que, apesar da ausência de aberturas de capital, as ofertas subsequentes (follow-ons) não se interromperam. Foram realizadas oito, movimentando R$ 11,5 bilhões.

CONSTRUÇÃO
Custos abalam números da Cyrela

A Cyrela lucrou R$ 162 milhões no primeiro trimestre, 15,9% abaixo do mesmo período de 2021. O aumento de 38,8% nas despesas comerciais, para R$ 98 milhões, afetou os resultados. A dívida líquida no fim de março era de R$ 334 milhões, alta de 18,7%. Já a receita líquida cresceu 22,7% na comparação anual, para R$ 1,2 bilhão. A alta é explicada pelo aumento das obras em andamento de unidades já comercializadas.

AGRONEGÓCIO
Ganho da Raízen fica 48,3% menor

O lucro líquido da Raízen recuou para R$ 209,7 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 48,3% ante igual período do ano passado. A receita subiu 50,1% para R$ 53,5 bilhões na comparação anual. A maior produtora de cana-de-açúcar do mundo contabiliza seus resultados durante o ano-safra, período do dia 1º de abril até o dia 31 de março do ano seguinte. No ano-safra 2021/22, os resultados foram impulsionados pelos maiores preços de açúcar e etanol, que levou a um faturamento recorde.

VAREJO
Magalu tem prejuízo de R$ 161,3 milhões

A receita do Magazine Luiza no primeiro trimestre foi de R$ 8,7 bilhões, alta de 6% ante os R$ 8,2 bilhões do ano passado. Porém, as despesas operacionais avançaram 52%, para R$ 2,36 bilhões, e as despesas financeiras cresceram 148%, para R$ 422,1 milhões. Com isso, a varejista teve prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no trimestre, ante lucro de R$ 258,6 milhões do mesmo período de 2021 .

COMBUSTÍVEIS
Lucro da Vibra recua 33,9% 

O lucro da Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, caiu 33,9% no primeiro trimestre de 2022, para R$ 325 milhões. Nem a alta de 46,9% na receita líquida no período, que avançou para R$ 38,3 bilhões, ajudou a impulsionar os resultados. A companhia destacou que as contas foram afetadas pelas operações de hedge de commodities de cerca de R$ 747 milhões. Além disso, a empresa atribuiu a queda do lucro à instabilidade do preço do petróleo.

DESTAQUE NO PREGÃO
Itaúsa tem o melhor trimestre da história

Claudio Gatti

O melhor primeiro trimestre de sua história. Assim a Itaúsa definiu os resultados obtidos entre janeiro a março deste ano, com o lucro líquido atingindo R$ 3,72 bilhões, alta de 68,5% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo a companhia presidida por Alfredo Setubal, a venda de 2,14% do capital total da XP aumentou o lucro em R$ 1,1 bilhão e reforçou o caixa em R$ 1,8 bilhão. A receita líquida avançou 20,5% na comparação anual, para R$ 2,13 bilhões. O retorno sobre patrimônio (ROE) subiu para 22,6%, ante 15,2% no primeiro trimestre de 2021.