O Comitê Eleitoral de Israel publicou nesta quarta-feira os resultados definitivos das eleições legislativas da semana passada, que mostram uma cadeira a mais para o Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas que não mudam o bloqueio político no país.

Os resultados definitivos das legislativas de 17 de setembro deram o partido conservador Likud de Netanyahu 32 cadeiras e 33 para o centrista Azul-Branco de Gantz.

O Parlamento israelense (Kneset) tem 120 cadeiras.

Os dois partidos tentam negociar uma coalizão e o presidente Reuven Rivlin tem uma semana para designar alguém para tentar formar o governo.

A cadeira adicional conquistada pelo Likud aconteceu em detrimento de um dos partidos ultraortodoxos, o Judaísmo Unificado da Torá, agora com sete deputados.

Os partidos árabes israelenses, que disputaram as eleições em uma Lista Unida, saíram das urnas como a terceira força no Parlamento, com 13 cadeiras.

Netanyahu tem o apoio de 55 parlamentares para ser primeiro-ministro, enquanto 54 respaldam Gantz.

Rivlin, que recebeu formalmente os resultados nesta quarta-feira, tenta fazer com que Gantz e Netanyahu alcancem um acordo para um governo de unidade. Após uma primeira reunião na segunda-feira, Rivlin pretende organizar outra nesta quarta-feira.

Embora existam indícios de um possível governo de rotação, não está claro qual dos dois seria o primeiro a assumir o posto de primeiro-ministro.

O calendário é especialmente importante para Netanyahu, que enfrenta possíveis acusações de corrupção nas próximas semanas.

Um primeiro-ministro não tem a obrigação de renunciar se for indiciado, apenas em caso de condenação e após o fim de todos os recursos possíveis.