As ações do Magazine Luiza desabaram 8,6% na última terça-feira (15), atingindo o menor preço desde novembro de 2018. No dia, a varejista chegou a perder R$ 3 bilhões em valor. Tudo porque o resultado 2021 da empresa decepcionou o mercado, que até esperava números baixos, mas se surpreendeu com um prejuízo líquido ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante lucro de R$ 232,1 milhões em igual período de 2020. No acumulado do ano de 2021, o lucro recuou 69,8%, para R$ 114,2 milhões, ante os R$ 377,8 milhões obtidos em 2020. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado no ano foi de R$ 1,477 bilhão, queda de 1,9% frente a 2020. Todas essas baixas ocorreram apesar do aumento de 20,9% na receita líquida da empresa, para R$ 35,2 bilhões. A varejista enfrentou desafios no cenário macroeconômico, com juros mais altos e perda de renda dos brasileiros, o que pressionou as margens. As vendas on-line continuam sendo o carro-chefe do Magalu, respondendo por 71% da receita total. O faturamento do marketplace quadruplicou em dois anos chegando a R$ 13 bilhões em 2021, alta de 69% ante 2020.

CALÇADOS
Arezzo pisa fundo e lucra 607% a mais em 2021

O lucro líquido da Arezzo&Co cresceu 607,5% em 2021 em relação ao ano anterior, alcançando R$ 343,7 milhões. A receita líquida da companhia atingiu R$ 2,9 bilhões no ano, 81% acima do R$ 1,6 bilhão de 2020. A performance, segundo a companhia, foi histórica e se deve à melhora significativa do canal de franquias e pelo aumento das vendas digitais que já representam 25% do faturamento. Os números do quarto trimestre também foram impactados pela integração de novas marcas, como a Reserva. No quarto trimestre de 2021, o lucro foi de R$ 103,9 milhões, alta de 34,9% em relação a igual período de 2020.

VAREJO
Via tem prejuízo R$ 297 milhões no ano

A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, encerrou o ano de 2021 com um prejuízo líquido de R$ 297 milhões em 2021, ante lucro de R$ 1 bilhão acumulado no ano anterior. O resultado ruim acompanha o cenário negativo das varejistas na bolsa, diante de um ano macroeconômico desafiador. No quarto trimestre, os ganhos foram positivos com lucro de R$ 29 milhões, mas recuaram 91,4% em relação ao mesmo período de 2020. A empresa anunciou que as vendas digitais vão bem e representaram 56% do total reaizado no quarto trimestre. Por outro lado, as vendas nas lojas físicas recuaram 24,3%.

DESTAQUE NO PREGÃO
Resultado histórico na CBA

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), comandada por Ricardo Carvalho, conseguiu reverter o prejuízo de R$ 880 milhões registrado em 2020, durante o primeiro ano de pandemia de Covid-19, para um lucro líquido de R$ 838 milhões em 2021. A receita líquida no período foi de R$ 8,4 bilhões, 56% acima do obtido em 2020. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado foi de R$ 1,5 bilhão, alta de 133% sobre o mesmo período de 2020. Os resultados históricos em 2021 foram resultado da retomada da demanda, especialmente embalagens e construção civil, e da alta dos preços internacionais do alumínio. Além disso, a empresa conseguiu viabilizar sua oferta pública de ações (IPO, da sigla em inglês), o que permitiu reforçar seu modelo de negócio baseado na integração vertical, com autossuficiência de bauxita, alumina e energia, seus principais insumos.

SIDERURGIA
ganhos da CSN sobem 217% em 2021

Os custos com insumos derrubaram em 73% o lucro da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no quarto trimestre do ano passado ante igual período de 2020, para R$ 1,06 bilhão. O resultado, no entanto, não tirou o brilho do balanço no ano. O aumento da demanda, com a retomada econômica, e dos preços das commodities elevaram os ganhos da siderúrgica em 2021 para R$ 13,6 bilhões, alta de 217%. O faturamento chegou a R$ 48 bilhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda também foi recorde, atingindo R$ 22 bilhões, alta de 91%. Os bons resultados foram impulsionados ainda pelo ganho com a oferta pública de ações da CSN Mineração e a venda da participação na Usiminas. A empresa anunciou que irá distribuir 25% do resultado em dividendos.