Para o vice-presidente Institucional e Administrativo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, o ano de 2020 foi desafiador e levou ao fechamento de empresas, queda de postos de trabalho e outros desafios. Assim, o número de queda do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado na manhã desta quarta-feira já era esperado e ainda foi menor do que o previsto pelo mercado. Para o setor supermercadista, porém, o cenário foi outro, com crescimento de 9,36% no ano.

“Por ser essencial, o setor supermercadista permaneceu funcionando durante toda a pandemia, além disso, devido ao isolamento social, a população acabou priorizando o consumo dentro do lar, e isso impactou no resultado do setor em 2020, que chegou a 9,36% de crescimento, ante 3,9% que tínhamos projetado no início do ano”, diz Milan.

Para 2021, a projeção do Índice de Vendas da Abras é de 4,5%. “Estamos otimistas com a chegada das vacinas. A volta do auxílio emergencial também deverá influenciar nas vendas do setor”, completa.

O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Ronaldo dos Santos, afirma que o setor contribuiu para manter o giro de dinheiro na economia, além de gerar novos 18 mil postos de empregos no estado de São Paulo.

Assim, novas restrições em função do recrudescimento da pandemia, podem levar novamente a uma absorção de consumo dos supermercados.

“Com esse conhecimento adquirido em 2020, possíveis novas quarentenas em 2021 serão prontamente absorvidas pelo setor supermercadista, mantendo o consumo das famílias e o abastecimento em dia, contribuindo, portanto, para o PIB do País”, analisa Santos.