Restos mortais de capelão militar americano morto na Guerra da Coreia são identificados

Em uma foto de 28 de julho de 2017, um guia do Exército caminha a bordo do USS Pueblo no Victorious Fatherland Liberation War Museum, em Pyongyang - AFP
Militares dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (5) que foram identificados os restos mortais de um capelão militar americano morto durante a Guerra da Coreia, na qual seu heroísmo lhe rendeu uma Medalha de Honra, a mais alta condecoração militar do país, e o reconhecimento do Vaticano, que poderia canonizá-lo.
Emil Joseph Kapaun tinha 35 anos quando morreu, no dia 23 de maio de 1951, em um campo de prisioneiros onde hoje é a Coreia do Norte, após fornecer apoio moral e físico por seis meses a seus companheiros da primeira divisão da Cavalaria detidos no mesmo local , disse o Exército em comunicado. Seus restos mortais foram devolvidos aos Estados Unidos como parte de um programa de repatriação acordado com o governo de Pyongyang, que se encontra atualmente suspenso.
A identificação foi realizada por especialistas da agência americana que lida com soldados desaparecidos, a DPAA. “Setenta anos depois, o capitão Kapaun está de volta conosco”, disse o secretário do Exército John Whitley. “Seu heroísmo e sua resistência são o exemplo perfeito de nossos valores de coragem pessoal e serviço altruísta”, acrescentou.
Capelão católico do Kansas, Kapaun arriscou a vida em várias ocasiões para ajudar centenas de soldados americanos, roubando comida e celebrando missas, proibidas após a sua captura pelas forças chinesas, em novembro de 1950.
Sua extraordinária coragem inspirou milhares de prisioneiros de guerra a sobreviver às terríveis condições de detenção, disseram os militares dos EUA. Em 2013, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu-lhe uma Medalha de Honra póstuma, e o Papa João Paulo II concedeu-lhe o título de “Servo de Deus” em 1993, o primeiro passo para a canonização.
De acordo com a associação Veterans of Foreign Wars (VFW), mais de 35.000 americanos morreram durante a Guerra da Coreia. Destes, 7.500 são considerados desaparecidos, incluindo 5.300 na Coreia do Norte.
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