Como o sr. vê o atual estágio de desenvolvimento do ecossistema de startups no Brasil?
Nos últimos anos, houve um avanço muito grande no número de aceleradoras, investidores-anjo e de fundos de investimento. E, por conseqüência, no volume de startups que tiveram acesso a financiamento e apoio para crescer. Todas essas frentes, no entanto, ficaram muito concentradas na fase inicial das startups. Hoje, no Brasil, não existe um fundo local claramente posicionado para trabalhar esse próximo estágio. Temos mapeadas cerca de 170 empresas já maduras, gerando caixa, receita e prontas para um voo maior, inclusive, no mercado global.

Em quais áreas as startups desse estágio estão se destacando?
Pelo ambiente econômico do País, as fintechs e a área de agronegócios são, sem dúvida, um terreno fértil para criarmos tecnologias de ponta. Mas não só isso. Também estamos vendo empresas competitivas e projetos consistentes em big data, inteligência artificial e machine learning.

Quanto o fundo pretende captar? E qual será o valor, em média, aportado nas startups?
Estamos em fase inicial de captação. O plano é levantar US$ 150 milhões e começar a operar entre o fim do ano e o começo de 2019. E vamos investir entre R$ 15 milhões e R$ 60 milhões em cada empresa. A ideia é levar essas startups a uma venda estratégica ou mesmo até um IPO.

(Nota publicada na Edição 1094 da Revista Dinheiro)