A Redpoint investe startups da área de saúde, como a Memed e a Consulta do Bem. Esse é um mercado promissor?
Trata-se de um grande mercado e que nos interessa. Tanto que é uma das áreas em que somos mais ativos em termos de investimentos. Estamos falando de um setor aquecido e com muitas ineficiências e problemas sérios para serem resolvidos. Isso é um prato cheio para os empreendedores.

Que problemas são esses?
São vários, mas existem dois, em particular, que são bem relevantes. Primeiro é preciso garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade para a maior quantidade de pessoas possível. Depois, é preciso ter garantia de que esses serviços de saúde serão oferecidos de maneira eficiente, transparente e com o foco no resultado dos tratamentos e na redução de custos para evitar desperdícios. A tecnologia é um componente fundamental para lidar com essas demandas.

Quais os grandes obstáculos enfrentados pelas startups brasileiras para crescerem nesse segmento?
A área da saúde é um dos mercados mais complexos que existe. São muitas empresas envolvidas em cada transação que, por sua vez, contam com uma gama enorme de informações. Além disso, o mercado oferece resistência para a inovação. Ninguém quer brincar quando se fala de saúde. Por outro lado, se um empreendedor encontrar um bom ângulo para levar sua solução para o mercado, outros terão que passar pelas mesmas dificuldades se quiserem competir.

(Nota publicada na Edição 1071 da Revista Dinheiro)