Duas grandes instalações do tamanho de um campo de futebol, uma em Kalamazoo (Michigan, EUA) e outra em Puurs, na Bélgica, equipados com centenas de freezers são os espaços onde a vacina contra a covid-19 da Pfizer e da BioNtech são produzidas. Além do aspecto logístico de transportar a vacina que é 90% eficaz e não produziu efeitos colaterais nos voluntários, existe uma questão preocupante envolvendo a temperatura de armazenamento desses imunizantes.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o remédio precisa estar armazenado a uma temperatura de -70° C.

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Esse pode ser um problema gigantesco para países onde a temperatura é mais quente, principalmente no continente africano. Por isso, pensar como locais mais pobres vão armazenar essas vacinas ainda é um desafio.

As farmacêuticas pretendem enviar as primeiras doses da vacina ainda em dezembro: serão doses de 100m para os Estados Unidos, 200m para a União Europeia e 40m para o Reino Unido, além de outros países que também tenham encomendado o imunizante na América do Sul e na Ásia. Ao todo, serão 50 milhões de doses este ano e outros 1,3 bilhão de doses em 2021.

Além dos dois centros em Kalamazoo e Puurs, as empresas montaram “fazendas de congelamento” em Pleasant Prairie, no Wisconsin (EUA) e em Karlsruhe (Alemanha) que estão prontas para fornecer uma capacidade extra de fornecimento.

As vacinas serão transportadas em caixas reutilizáveis projetadas pela Pfizer do tamanho de malas, embaladas com gelo seco. Cada caixa pode armazenar entre 1 mil e 5 mil doses na temperatura ideal por até 10 dias. Em geladeiras com resfriamento entre 2°C e 8°C a vacina deve durar até 5 dias.

Todas as caixas terão rastreador GPS e serão transportadas aos aeroportos por 24 caminhões diariamente, movimentando 7,6 milhões de doses por dia.