As reservas internacionais do Brasil caíram este mês para US$ 326 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC). É o patamar mais baixo em 11 anos. Reserva internacional é o montante que um país tem em moeda estrangeira. Os valores funcionam como um “seguro” para obrigações no exterior.

Em 25 de abril de 2011, o Brasil tinha US$ 326,22 bilhões de reservas internacionais. A partir daí, o montante aumentou até 27 de setembro. Entre 9 de setembro e 10 de outubro, o recuo soma quase US$ 12 bilhões.

Depois de cair nos dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), as reservas internacionais do Brasil apresentaram saldo positivo no ano passado. Subiram de US$ 355,6 bilhões, em 2020, para US$ 362,2 bilhões, em 2021.

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Segundo economistas, os bancos centrais usam essas reservas para tentar controlar os preços dos ativos de alta liquidez, como o dólar. Se o BC acha que o dólar está muito barato, ele vai ao mercado e compra dólares, fazendo o preço subir e acumulando reservas. Se ele acha que o dólar está caro demais, ele vai ao mercado e vende os dólares de suas reservas, tentando fazer com que o preço baixe. Por isso, a quantidade de reservas varia.

Atualmente, as reservas de dólares no Brasil têm caído porque o BC tem tentado impedir a subida do dólar. No Brasil, o dólar influencia muito a inflação, que já está alta. Para impedir que a inflação aumente ainda mais, o BC vai vendendo dólares de suas reservas, reduzindo o estoque de reservas.

Para alguns economistas consultados pela reportagem, o dólar no Brasil tem variado suavemente e, embora as reservas estejam baixas, avaliando a série histórica, ocorre uma variação para cima e para baixo no curto prazo, que é normal. Além disso, os analistas defendem que as contas externas brasileiras, incluindo dívidas, estão numa situação confortável.