Grandes mudanças tecnológicas causam transformações no mercado de trabalho. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, cerca de 7,1 milhões de empregos, principalmente os ligados às áreas administrativa e industrial, vão ser perdidos para a robotização. Em contraponto a isso, a Organização Mundial do Trabalho (OIT), instituição ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), publicou o relatório “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo 2018” concluindo que serão criados 24 milhões de empregos, até 2030, caso sejam implantadas as ações corretas para limitar o aquecimento global e tornar a economia mais verde.

Para o OIT, a relação será de 3,4 novas oportunidades para cada posto fechado. De 163 setores analisados, apenas 14 sofrerão com a perda de mais de 10 mil empregos. A principal mudança ocorrerá no setor de energia, tanto pelo aumento da produção de veículos elétricos como pelo uso de novas matrizes energéticas. O segmento de óleo e gás deverá ser o mais afetado. Dessa forma, a região mais prejudicada será o Oriente Médio.

O desafio do poder público está em preparar os trabalhadores de campos de petróleo a adquirirem conhecimentos para assumir as novas posições. A demanda do mercado de trabalho estará em profissionais especializados em infraestrutura para receber os carros elétricos ou para atender às novas construções com energia eólica ou solar. Nessa renovação, o saldo para o Brasil será positivo, segundo a OIT, com cerca de 440 mil vagas postos de trabalho criados em mercados ligados à economia verde.

(Nota publicada na Edição 1070 da Revista Dinheiro)