A montadora francesa Renault divulgou hoje que seu lucro líquido caiu para 3,3 bilhões de euros (US$ 3,73 bilhões) em 2018, de 5,21 bilhões de euros no ano anterior, devido a uma menor contribuição da Nissan. O parceiro japonês contribuiu com 1,51 bilhão de euros para o resultado da empresa francesa no ano passado, ante 2,79 bilhões de euros em 2017.

A receita anual da Renault caiu 2,3%, a 57,42 bilhões de euros, mas veio em linha com as expectativas, enquanto o ganho operacional somou 3,61 bilhões de euros, vindo um pouco acima do esperado.

O novo executivo-chefe da Renault, Thierry Bolloré, prometeu hoje manter a estratégia de médio prazo de seu predecessor, o brasileiro Carlos Ghosn, que deixou o cargo em janeiro em meio ao escândalo que o levou à prisão em novembro do ano passado.

Ghosn é acusado de ter declarado salários menores do que deveria na Nissan durante vários anos. Antes do escândalo, Ghosn acumulava os cargos de executivo-chefe da Renault e de presidente do conselho de administração da Nissan.

Segundo Bolloré, a Renault mantém o objetivo de tornar a aliança com a Nissan “irreversível”.

“Todos nós da aliança (Renault-Nissan) queremos mais aliança, uma aliança melhor, uma aliança mais eficiente”, disse Bollorré, após a divulgação do balanço da Renault.

Por volta das 8h30 (de Brasília), a ação da Renault operava em alta de 2,5% na Bolsa de Paris. Fonte: Dow Jones Newswires.