O procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, disse nesta terça-feira que poderá publicar o relatório do promotor especial Robert Mueller na próxima semana, sobre o possível conluio entre a equipe de campanha de Donald Trump e a Rússia.

“Dentro de uma semana estarei em condições de entregar o relatório ao público”, disse Barr ante uma comissão do Congresso, em suas primeiras declarações públicas desde que Mueller completou sua investigação no mês passado.

As equipes do procurador realizam uma revisão do documento para remover informações que possam comprometer outras investigações, revelar fontes confidenciais ou prejudicar a reputação de atores “periféricos”, acrescentou Barr.

Questionado pelos representantes democratas, ele se esquivou: “Não direi nada sobre o relatório antes que todos tenham tido a oportunidade de revisá-lo”.

Depois de 22 meses de pesquisa, Mueller entregou um relatório final de quase 400 páginas ao Departamento de Justiça (chefiado por Barr), que publicou dois dias depois um resumo de suas principais conclusões.

De acordo com esse resumo de quatro páginas, o Mueller concluiu que não havia evidência de conluio entre a Rússia e o candidato republicano nas eleições presidenciais de 2016, Trump.

Em outro aspecto da investigação, sobre uma possível obstrução da justiça, “embora este relatório não conclua que o presidente cometeu o crime, também não o isenta”, segundo o procurador especial, citado por Barr.

O procurador-geral, no entanto, julgou que não havia crime que justificasse uma investigação judicial.

Desde então, Trump canta vitória, alegando ter sido completamente isentado de qualquer culpa.