O relator da Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil, deputado João Roma (PL-BA), orientou a rejeição das emendas apresentadas pela oposição que elevam o valor de R$ 400 para R$ 600 e tornam o benefício permanente. Em seu parecer preliminar, ele manteve o montante atual do programa que substituiu o Bolsa Família e também a vigência apenas até o fim de 2022.

Ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, Roma é pré-candidato ao governo da Bahia e tem usado o Auxílio Brasil como vitrine eleitoral. Ele foi indicado para relatar a MP pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), um parecer jurídico recebido pelo Palácio do Planalto mudou a estratégia governista para conter o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, como articulado pela oposição.

Sem respaldo para deixar a MP que ampliou o programa perder a validade, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro recuaram e agora veem a negociação dentro do Congresso Nacional como o único caminho para impedir a elevação do benefício, considerada uma bomba fiscal para os cofres públicos, se aprovada.

Para ter sucesso na empreitada, a aposta é no apoio de Lira. Na terça-feira, 26, o presidente da Câmara defendeu o valor de R$ 400 para o programa que substituiu o Bolsa Família e disse que a MP “muito provavelmente” será votada nesta quarta-feira.