LONDRES (Reuters) – O Reino Unido sediará o Festival Eurovision da Canção do ano que vem em nome da vencedora Ucrânia devido ao conflito em curso no país, disseram os organizadores do concurso nesta segunda-feira.

Embora a tradição de décadas determine que o vencedor do concurso seja o anfitrião no ano seguinte, a União Europeia de Radiodifusão (EBU) disse que razões de segurança fizeram com que o vice-campeão Reino Unido fosse convidado.

A BBC agora sediará o evento, que normalmente atrai uma audiência televisiva de cerca de 200 milhões e foi realizado pela última vez em solo britânico em 1998. A Ucrânia se classificará automaticamente para a grande final da competição, segundo a EBU.

“É uma grande pena que nossos colegas e amigos na Ucrânia não possam sediar o Festival Eurovision da Canção de 2023”, disse o diretor-geral da BBC, Tim Davie, em comunicado.

“A BBC está empenhada em tornar o evento um verdadeiro reflexo da cultura ucraniana, além de mostrar a diversidade da música e criatividade britânicas.”

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou no mês passado que acreditava que a Ucrânia poderia e deveria sediar a competição de 2023.

Johnson disse no Twitter que concordou na semana passada com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, que “onde quer que o Eurovision 2023 seja realizado, deve celebrar o país e o povo da Ucrânia”.

“Como agora somos os anfitriões, o Reino Unido honrará essa promessa diretamente –e fará um concurso fantástico em nome de nossos amigos ucranianos”, acrescentou Johnson, que tem sido um grande defensor da Ucrânia.

A participação britânica no Eurovision deste ano na Itália em maio ficou em segundo lugar, atrás da Kalush Orchestra, da Ucrânia, que recebeu uma onda de apoio do público para conquistar uma vitória emocionante.

(Reportagem de Sachin Ravikumar)

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