O Reino Unido se tornou o primeiro país ocidental a licenciar uma vacina contra a Covid-19. A vacina da farmacêutica Pfizer/BioNTech foi autorizada para uso emergencial pela Autoridade Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, antes das decisões dos EUA e da Europa.

Segundo a empresa, as primeiras doses da vacina chegarão nos próximos dias. O Reino Unido comprou 40 milhões de doses da vacina, que demonstrou ter 95% de eficácia em seus testes finais.

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As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram no início de novembro que sua candidata a vacina contra Covid-19, a BNT162b2, é mais de 90% eficaz na prevenção à doença, segundo dados iniciais do estudo da fase 3. Os dados ainda não foram publicados em revista científica.

Embora a vacina deva ser mantida a -70 ° C, as empresas dizem que ela pode ser armazenada por até cinco dias na geladeira, a -8° C. Os primeiros grupos prioritários para a vacinação são os residentes de asilos, que podem não conseguir ir ao posto de vacinação, juntamente com os funcionários destes estabelecimentos.

Os dados do ensaio mostraram que a vacina teve eficácia igual entre voluntários mais jovens e aqueles com mais de 65 anos que correm maior risco de Covid. Gênero, raça e etnia também não fizeram diferença.

A Pfizer e a BioNTech afirmam que sua rede de fabricação combinada tem potencial para fornecer globalmente até 50 milhões de doses de vacina em 2020 e até 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.

No Brasil

A vacina aprovada no Reino Unido é a mesma que o Ministério da Saúde indicou nesta terça-feira (1) que não deve ser aplicada no Brasil devido a sua acomodação a -70ºC. A Pasta informou que as vacinas a serem utilizadas por aqui devem ser capazes de manter suas integridades em temperaturas entre 2º C e 8º C.