Embora o mundo se tenha voltado para a Covid-19, o Reino Unido parece não ter desistido de encontrar uma vacina eficaz contra uma das doenças conhecidas mais infeciosas: a malária. Aparentemente, o país desenvolveu a vacina mais eficaz do mundo contra a doença que mata centenas de milhares de crianças todos os anos.

Todos já ouviram falar desta doença provocada pela picada de um mosquito. Uma vez no ser humano, os parasitas multiplicam-se e a malária espalhar-se pelo fígado, infetando os glóbulos vermelhos do sangue. Assim como acontece com a Covid-19, é uma doença infeciosa com um período de incubação relativamente longo.

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Apesar de ser uma infeção endêmica, é comum em países subtropicais da África, Ásia, América Central e América do Sul. Aliás, matou pelo menos quatro vezes mais pessoas na África, no ano passado, do que o coronavírus.

Sendo uma doença efetivamente perigosa, a busca pela cura ou por uma vacina tem sido constante. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Oxford e alguns parceiros relataram que o ensaio de uma vacina contra a malária, R21/Matrix-M, mostrou uma eficácia de 77% durante 12 meses.

Assim sendo, é a primeira vacina a alcançar o objetivo de eficácia de 75% estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.

Conforme diz Adrian Hill, diretor do Jenner Institute e coautor da investigação, “a vacina tem o potencial de ter um grande impacto na saúde pública se a licença for conseguida”. Isto, porque estabeleceram um compromisso com o Serum Institute of India, para que sejam produzidas pelo menos 200 milhões de doses anuais, nos próximos anos.

Além disso, revelou estar muito confiante quanto à eficácia da vacina na próxima fase do teste. Mais do que isso, ele e a equipe responsável esperam relatar os resultados da fase final do ensaio já no próximo ano e aprovação no espaço de dois.

Embora os testes para uma vacina demorem mais tempo, o coautor considera que, se foi autorizada a utilização precoce da vacina contra a Covid-19, o mesmo deve ser aplicado à da malária, na medida em que também causa números absurdos de vítimas e, por isso, salvaria vidas.