O Reino Unido anunciou na tarde desta quinta-feira, 17, que disponibilizará 330 bilhões de libras em empréstimos “garantidos” às empresas – montante que representa 15% do Produto Interno Bruto (PIB) britânico – como forma de mitigar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus. Além disso, o ministro de Finanças, Rishi Sunak, revelou que o governo fez um acordo com o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) para prover liquidez aos mercados, embora não tenha esclarecido se o pacto se refere ao mais recente corte de juros da autoridade monetária local ou a alguma ação futura. Sunak ressaltou que pode anunciar ainda mais medidas de estímulo em breve.

Sunak também lançou um programa de concessão de 20 bilhões de libras em isenção de impostos e subsídios a empresas. Cada uma delas poderá receber até 25 mil libras, a depender de seu tamanho. Um pacote de apoio às empresas aéreas também está em estudo, de acordo com o ministro. “Vamos seguir apoiando empresas e geração de emprego. Vamos fazer o que for preciso para apoiar a economia”, declarou, em coletiva de imprensa. “Não tenho dúvidas de que nossas empresas vão se recuperar de choques”, completou, em seguida, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Além disso, o governo pretende suspender por três meses o pagamento de hipotecas daqueles que estiverem contaminados pela covid-19. “Este é um esforço extraordinário para colocar liquidez na economia neste momento”, disse o premiê, para quem uma das metas, neste momento, é evitar uma sobrecarga do NHS (sistema de saúde local).

De acordo com o ministro das Finanças, o Reino Unido nunca viveu uma “guerra econômica” como a travada contra o coronavírus.