Os fiscais americanos podem questionar o idealizador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg, e a executiva que é seu braço direito na empresa, para analisar se a rede social não cumpriu leis de monopólio, segundo o Wall Street Journal publicou nesta sexta-feira (17).

O jornal citou fontes que preferiram não ser identificadas relacionadas ao caso, que dizem que a Federal Trade Commission – responsável pela aplicação da lei civil antitruste nos Estados Unidos – considera interrogar Zuckerberg e a chefe de operações Sheryl Sandberg como parte de uma investigação de um ano sobre se a rede social abusou do seu domínio no mercado.

A agência FTC recusou-se a comentar sobre o assunto.

“Esperamos compartilhar nossas opiniões sobre o cenário competitivo junto a outros líderes da (área de) tecnologia durante a audiência no Congresso neste mês, além de mostrar às agências de aplicação da lei que nossa inovação oferece mais opções para os consumidores”, informou o porta-voz do Facebook em resposta à AFP.

Os principais nomes que respondem pela Amazon, Apple, Facebook e Google devem testemunhar durante uma audiência de investigação antitruste no Comitê da Câmara americana no Judiciário, no próximo 27 de julho.

A audiência acontece por causa das crescentes reclamações sobre o domínio das plataformas tecnológicas sobre os principais setores econômicos, solicitada por alguns ativistas e políticos em relação aos gigantes do Vale do Silício.

Os executivos-chefes Jeff Bezos (Amazon), Tim Cook (Apple), Sundar Pichai (Google) e Zuckerberg podem comparecer virtualmente, caso queiram, de acordo com uma declaração conjunta divulgada pelo presidente do comitê judiciário, Jerrold Nadler, e pelo presidente do subcomitê Antitruste, David Cicilline.

“Desde junho do ano passado, o subcomitê investiga o domínio de um pequeno número de plataformas digitais, e a adequação das leis e aplicação antitruste existentes”, ressaltaram Nadler e Cicilline.

“Dado o papel central que essas empresas desempenham na vida do povo americano, é fundamental que seus CEOs se mostrem disponíveis”.

O Google e o Facebook, responsáveis pela maior parte da receita global de publicidade digital, fornecem serviços gratuitos que se tornaram dominantes em seus setores – como o mecanismo de pesquisa do Google e sua plataforma de compartilhamento de vídeos, o YouTube.

As interações dos usuários com esses produtos permitem que essas empresas coletem perfis de dados dos usuários e vendam espaço publicitário direcionado em grande escala.