A catarinense Regina Vanderlinde é a atual presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, órgão de referência no mundo dos brancos e dos tintos e mais conhecido pela sigla OIV. Formada em farmácia bioquímica e professora da Universidade de Caxias do Sul, Regina foi eleita no ano passado, para um mandato de três anos. Ela assumiu no lugar da norte-americana Monika Christmann, com a proposta de promover iniciativas que contribuam para um modelo de negócio internacional baseado na transparência e nas trocas comerciais.

Fundada em 1924 e atualmente com 46 países-membros, a OIV define os padrões internacionais sobre uvas, vinhos e demais bebidas a base de uvas, e é responsável pelos dados econômicos e pelo comércio internacional do setor do vinho.

Regina já participava do órgão desde 2001, em diferentes comissões. No Brasil, ela é respeitada pelo seu conhecimento técnico e, por 17 anos, trabalhou e chefiou o laboratório de Referência Enológica do Instituto Brasileiro do Vinho. Regina cursou o mestrado e doutorado em enologia na Universidade de Bordeaux. E atualmente, com o novo cargo, que tem também uma importante função diplomática, concilia a vida na ponte-aérea entre Paris, a sede da entidade, Brasil.

As mulheres e o vinho

Durante todo o mês de março posto aqui as mais diversas histórias de mulheres no mundo do vinho. Em 2018 foram 23 textos de personalidades e épocas diferentes e em 2019 continuo a tradição. Adorei pesquisar e conhecer mais sobre estas pessoas e seus desafios. Confira, a seguir, quais foram estas mulheres.

2019

2018

– Dona Antónia Ferreira, a querida dona Ferreirinha, que tanto fez pela região do Douro e, por que não, por Portugal

– Barbe-Nicole Clicquot, mais conhecida como a Veuve Clicquot

– Jancis Robinson, a inglesa mais influente do mundo do vinho com o seu www.jancisrobinson.com

– Laura Catena, a argentina que investe nas pesquisas para conhecer e elaborar vinhos de qualidade, na vinícola Catena Zapata

– Lalou Bize-Leroy, a polêmica e competentíssima produtora da Borgonha

– Serena Sutcliffe e os leilões de vinho

– Maria Luz Marín, a chilena pioneira no vale de San Antonio, no Chile.

– Mônica Rossetti, brasileira que atualmente trabalha na Itália. Ela tem papel primordial na história da vinícola gaúcha Lidio Carraro

– Natasha Bozs, uma das primeiras enólogas negras da África do Sul, da Nederburg

– Elena Walch, a arquiteta que virou enóloga e hoje tem sua própria vinícola no Alto Adige

– Véronique Drouhin-Boss, a francesa da quarta geração da domaine Drouhi

– As associações de mulheres e vinhos já existem em 10 regiões francesas

– Lorenza Sebasti, proprietária da vinícola italiana Castello di Ama

– Fabiana Bracco, da Bracco Bosca, que tanto faz pelo vinho uruguaio que pode ser considerada a embaixadora do país

– A portuguesa Filipa Pato, dos vinhos da Bairrada

– Lis Cereja, a brasileira que mais e melhor levanta a bandeira do vinho natural no Brasil

– Féminalise, um concurso de vinhos francês que só tem juradas

– Albiera Antinori, a primeira mulher a dirigir a tradicional vinícola italiana

– Susana Balbo, a pioneira nos vinhos argentinos

– Cecília Torres, a primeira mulher nos vinhos chilenos com o Casa Real

– Ludivine Griveau, que dirige os vinhos do Hospice de Beaune, na Borgonha

– A dupla de amigas e enólogas portuguesas Sandra Tavares e Susana Esteban

– Patricia Atkinson, e a sua aventura de elaborar vinhos franceses