As medidas de segurança reforçadas em torno do Capitólio dos Estados Unidos serão mantidas para um discurso do presidente Joe Biden ao Congresso, devido a ameaças de grupos que participaram da invasão à sede do Congresso, disse o chefe interino da Polícia do Capitólio na quinta-feira (25).

“Sabemos que os insurgentes que atacaram o Capitólio não estavam apenas interessados em atacar membros do Congresso e autoridades”, disse Yogananda Pittman, chefe de segurança interino do Capitólio, em uma audiência na Câmara dos Representantes sobre o ataque ao prédio.

“Eles queriam enviar uma mensagem simbólica à nação sobre quem está no comando do processo legislativo”, disse ele.

Pittman destacou que no primeiro discurso de Biden parante as duas Casas do Congresso – que ainda não tem data – o dispositivo de segurança reforçada será mantido.

“Nós sabemos que os membros da milícia que estiveram presentes em 6 de janeiro alegaram que queriam explodir o Capitólio e matar o máximo de congressistas possível em conexão direta com o discurso”, disse Pittman.

Após os distúrbios de 6 de janeiro, uma cerca foi erguida para proteger o Capitólio e as tropas da Guarda Nacional foram enviadas para ajudar a polícia no complexo legislativo.

Durante a audiência, Pittman e o oficial de segurança da casa, Timothy Blodgett, referiram-se às violações de segurança e informações relacionadas ao ataque ao Capitólio que deixou cinco mortos.

Os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir a certificação da vitória de Biden na eleição de 3 de novembro.

Trump foi indiciado pela Câmara dos Representantes por “incitar a insurreição”, mas foi absolvido em um julgamento de impeachment no Senado.

Pittman estimou que durante os distúrbios mais de 10.000 manifestantes se reuniram nos arredores do Capitólio e cerca de 800 conseguiram entrar no prédio.