Caminhoneiros seguem paralisados em rodovias de 14 estados nesta quinta-feira (9), no segundo dia de greve. No entanto, trata-se de um movimento autônomo, sem o suporte de grandes associações e federações da categoria, que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Como é essencialmente um movimento bolsonarista, os caminhoneiros cobram a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, sobre o preço dos combustíveis. Eles reivindicam melhoria de condições na malha rodoviária brasileira e atualização dos valores de frete.

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Além disso, há diversos caminhoneiros que se posicionam em redes sociais, como o foragido Zé Trovão, pelo afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo voto impresso. Neste sentido, não diferem muito das pautas antidemocráticas defendidas na última terça-feira (7).

Segundo o caminhoneiro Leonardo Souza, manifestante parado na BR-381, na região metropolitana de Belo Horizonte, não há previsão para o fim da paralisação. “Estamos aqui por tempo indeterminado. Pode levar horas, pode levar dias. Só falo uma coisa: não duvide da capacidade de um caminhoneiro. Somos fortes e jamais vamos desistir. Estamos lutando por você, caminhoneiro. Por mim, e a maioria que está aqui, estamos nessa luta sim, pelo presidente também”, declarou ao jornal O Tempo.

Em vídeos que circulam em redes sociais, caminhoneiros tentam impedir, por vezes à força, que outros caminhões sigam viagem. Um caminhão que tentou atravessar o bloqueio em Santa Catarina foi apedrejado. No mesmo estado, a polícia precisou disparar tiros para o alto para conter os manifestantes.