Uma rede social que permite o compartilhamento de trechos de músicas, impulsiona artistas independentes e oferece o conceito de “social streaming”, a experiência de ouvir música em conjunto em uma plataforma dedicada a isso. Foi assim que a startup Musii ganhou recentemente um aporte de R$ 500 mil do fundo de investimentos BR Angels.

O aplicativo, que surgiu no final de 2019, já reúne mais de 60 mil músicas e 600 mil interações entre usuários e pretende expandir seus serviços de tecnologia. A empresa deseja faturar em três frentes: um market place em que o usuário encontra artigos de bandas independentes para comprar; assinatura premium para ouvir as músicas completas; serviço especializado para marcas e estabelecimentos comerciais descobrirem e explorarem a identidade musical de seus clientes.

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“Estamos baseando o crescimento em PR (marketing de relações públicas), focando em trazer usuários por meio de parcerias com grandes marcas, influenciadores e anúncios pagos, buscar parceiros influentes e expandir o time de tecnologia para desenvolver cada vez mais novas funcionalidades”, explica o músico Hid Miguel, 25 anos, um dos sócios da Musii ao lado do engenheiro aeroespacial Arthur Marques.

Este foi o segundo montante investido na Musii – em 2020, a empresa recebeu também meio milhão para acelerar suas atividades. A ideia original de fomento a bandas de menor expressão, no entanto, segue a todo vapor.

“Neste primeiro momento, nosso algoritmo favorece os artistas menores. Todo post que é feito com uma música que tenha menos de 200 mil plays no Spotify tem mais destaque na nossa plataforma”, explica Miguel. A ideia é que, com o serviço de assinatura premium, essas bandas independentes comecem a receber direitos autorais das músicas ouvidas pelos assinantes. Essas bandas ainda podem lucrar com seus materiais a venda no marketplace.

“Hoje, 99% das músicas ouvidas no Spotify vêm de apenas 10% dos artistas cadastrados na plataforma. Vemos o Musii sendo uma rede social que, por meio de seu algoritmo que valoriza o artista independente, democratizará o mercado da música e inverterá essa métrica, fazendo com que mais artistas sejam ouvidos no mundo inteiro”, diz Marques em comunicado à imprensa.

Outra proposta futura é desenvolver a funcionalidade do “match musical”, em que usuários se encontram a partir de afinidades musicais para gerar uma playlist. Os fundadores da empresa também planejam uma temporada de três meses no Vale do Silício, nos Estados Unidos, no próximo ano para desenvolverem parcerias, captar uma próxima rodada de investimentos e expandir o app internacionalmente.

Segundo os fundadores, a projeção para o final deste ano é o que o programa atinja, de forma orgânica, mais de 300 mil usuários e um crescimento aproximado de mais de 4,5 milhões de usuários até o final de 2023.

O app pode ser baixado em celulares Android e iOS.