O único hospital da rede estadual do Rio que ainda tem leitos de UTI para infectados pelo coronavírus fica no sul do Estado, em Volta Redonda. Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns, que está com cerca de metade da ocupação, todas as unidades do sistema estão com vagas esgotadas e contam com filas de espera. Isso faz com que, na soma do total de leitos de UTI da rede, 80% estejam ocupados.

Segundo o governo, há uma rotativa de vagas que ocorre por meio de altas, mortes e “reservas técnicas” de leitos para pacientes internados que tenham agravamento do quadro clínico.

A esperança de aliviar o sistema saturado está na inauguração dos oito hospitais de campanha anunciados pela administração de Wilson Witzel, ele próprio um infectado pelo coronavírus. Ao todo, 1,8 mil leitos serão disponibilizados pelas novas unidades, incluindo enfermaria e UTI.

A Secretaria Estadual de Saúde afirma que o hospital de campanha do Leblon, na zona sul, que foi concebido pela Rede D’Or e financiado pela iniciativa privada, será inaugurado neste sábado, 25. A unidade da zona sul terá 200 camas, divididas igualmente entre enfermaria e UTI.

Outro que está com as obras quase prontas é o do Maracanã, na zona norte, que será o maior hospital de campanha estadual, com 400 leitos. A previsão de inauguração é nos primeiros dias de maio. As demais unidades serão abertas de modo gradativo ao longo do mês que vem, dependendo da demanda em cada região do Estado.

Dentro dos hospitais fixos da rede, a secretaria afirma que já abriu, ao longo da pandemia, 521 vagas exclusivas para vítimas da covid-19.

Além dos leitos, outro problema na rede é a falta de respiradores. O Executivo fluminense tem reclamado da demora do governo federal para enviar equipamentos ao Estado. Segundo a secretaria de Saúde, 37 novos respiradores foram distribuídos às unidades nesta semana.

No caso da enfermaria, a ocupação dos leitos é menor do que na UTI: 66%. O aumento semanal, contudo, ocorre em ritmo parecido. No total, segundo a pasta de Saúde, 2.037 pacientes estão internados na rede estadual. Dentre eles, 220 aguardam transferência para UTIs, “que podem ser regulados para as diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.”