Juros mais baixos, queda no desemprego e diminuição do endividamento. Essa é a fórmula que fará as famílias de baixa renda voltarem a brilhar no mercado de consumo neste ano. A avaliação, feita pelo executivo Maurício de Almeida Prado, sócio e diretor da Plano CDE, instituto especializado em pesquisa com foco no universo das classes C, D e E, leva em consideração não apenas a conjuntura macroeconômica do País, mas também o amadurecimento dos consumidores. “Os traumas causados pelo alto endividamento nos últimos anos deixaram o brasileiro da classe C muito mais disciplinado na hora de comprar ou contrair empréstimos”, afirma Prado. Um detalhe curioso neste aguardado novo ciclo de recuperação da classe C é o perfil dos gastos. “Em geral, a renda extra nas classes C, D e E ainda é voltada para o aumento do consumo, diferentemente das classes A e B, que investem o dinheiro extra”, diz. “Mas temos observado uma, digamos, sofisticação maior nos hábitos de consumo, com maior gasto em educação, saúde e tecnologia.”

(Nota publicada na Edição 1052 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Rachel Rubin e Machado da Costa)