O Talibã explodiu em 2001 os dois enormes budas de Bamiyan e seus murais no teto do século 16, consideradas maravilhas arqueológicas do Afeganistão. O esforço em recuperar essa memória vem do Japão, que tem uma relação afetiva com o local, berço do budismo.

O país financia restaurações e inaugurou no Museu de Artes de Tokyo, local onde um time processou digitalmente mais de 100 imagens tiradas por japoneses antes da destruição, para criar um “superclone” computadorizado dos budas e mural (imagem ao lado). A única parte artesanal foi a utilização do pigmento do pó de lápis-lazúli da época para replicar as belíssimas cores.

(Nota publicada na edição 1250 da Revista Dinheiro)