Até mesmo a morte pode ser sustentável. Isso é o que promete e primeira empresa do mundo a disponibilizar a compostagem de seres humanos, a Recompose. Além dos métodos tradicionais aos quais se recorre para tratar os restos mortais das pessoas, agora existe outra alternativa, a recomposição, que transforma o cadáver em composto orgânico.

A Recompose, instalada em Seatle, nos Estados Unidos da América, é a primeira funerária a transformar os cadáveres em composto. O processo demora apenas 30 dias e custa cerca de 5.500 dólares. A fundadora da empresa passou vários anos tentando encontrar uma solução eficaz para o tratamento de cadáveres, que fosse além dos métodos tradicionais. Então, a técnica desenvolvida por ela tem sido aperfeiçoada desde 2011.

+ Brasil registra mais de 199 mil casos de covid e 489 mortes nas últimas 24 horas

De acordo com o site da Recompose, “após a morte, o corpo será colocado no recipiente sobre uma cama de pedaços de madeira, alfafa e palha. Durante os 30 dias seguintes, tudo no interior do recipiente decompõe-se graças à decomposição natural. O composto é removido e colocado num recipiente de cura durante mais algumas semanas. Depois, pode ser doado para projetos de conservação do ambiente ou devolvido a uma pessoa indicada.”

Resumidamente, o corpo é colocado num recipiente que, em conjunto com outros elementos orgânicos, fornece a quantidade ideal de calor, água, carbono, azoto e oxigênio, de forma a promover a decomposição.

Conforme explicado pela empresa, por cada corpo que seja transformado em composto, ao invés de enterrado ou cremado, é poupada uma tonelada métrica de emissões de dióxido de carbono. Portanto, para a empresa, a sua solução é mais ambientalmente sustentável do que as tradicionais.

A empresa explica que as práticas funerárias atuais são prejudiciais ao meio ambiente e, para alguns, psicologicamente insatisfatórias. Quando um corpo é enterrado em um cemitério tradicional ou cremado, há uma grande emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Além disso, “essas práticas consomem terras urbanas valiosas, poluem o ar e o solo e contribuem para as mudanças climáticas”, justifica o site da empresa.