A arrecadação de royalties de petróleo puxou para baixo a arrecadação em outubro. As receitas administradas por outros órgãos (compostas principalmente pelos royalties) caiu 15,44% no mês passado. O pagamento de royalties varia de acordo com o preço do petróleo, do dólar e do volume de produção.

Em outubro, o valor da arrecadação federal recuou levemente, tendo uma baixa de 0,02%. As receitas administradas, compostas de impostos e contribuições, subiram 1,47% em outubro.

“O que determinou o resultado da arrecadação federal como um todo estar estável em outubro foi o resultado das receitas não-administradas. A arrecadação das receitas administradas estão em linha com a recuperação da economia”, afirmou o chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

Desde o mês passado, a arrecadação vem mostrando tendência de desaceleração. De acordo com os técnicos da equipe econômica, essa tendência, no entanto, já estava nas projeções do governo. “Mantemos a projeção de alta de 1,5% na arrecadação em 2019”, completou o coordenador de Previsão e Análise, Marcelo Gomide.

IR

No mês de outubro, a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física aumentou 21%. Contribuiu para isso o aumento no recolhimento de tributos sobre ganhos em bolsa, que subiu 570% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando R$ 318 milhões.

No ano, a arrecadação de tributos sobre o lucro das empresas (IRPJ e CSLL) subiu 12,63%, puxando o resultado do ano, que sobe 1,92%.