A receita líquida consolidada da Oi com a prestação de serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura nos segmentos residencial e corporativo (B2B) chegou a R$ 5,452 bilhões no segundo trimestre de 2018, retração de 4,9% frente ao mesmo trimestre de 2017.

A perda de receita no segundo trimestre foi verificada em todos os segmentos no Brasil: residencial (-5,1%, para R$ 2,114 bilhões), mobilidade pessoal (-4,2%, para R$ 1,793 bilhão) e B2B (-6,3%, para R$ 1,525 bilhão).

Segundo a Oi, o encolhimento da receita pode ser explicado por alguns fatores, como: queda das chamadas de voz; corte das tarifas reguladas de interconexão e de ligações entre linhas fixas e móveis; e a continuidade de uma taxa de desemprego alta no País, o que influencia negativamente os volumes de recargas de clientes pré-pagos e a base de clientes como um todo.

A companhia ponderou que, na contramão, o crescimento da receita de TV Paga no segmento residencial e das receitas de dados compensaram parcialmente estes impactos negativos.

A Oi frisou ainda que as quedas das receitas líquidas dos segmentos residencial e B2B no segundo trimestre foram suavizadas, mostrando, na visão da tele, o início de uma recuperação, em função da aceleração da atividade comercial, da boa performance das novas ofertas e das melhorias na qualidade do serviço.

A receita líquida média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) da Oi no segmento residencial (que engloba telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura) chegou a R$ 79,4 no segundo trimestre de 2018, crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2017. O avanço foi puxado pelo Arpu no segmento de TV paga, que avançou 4,0%, e pela expansão das vendas de pacotes que reúnem mais de um serviço.

A companhia registrou uma base de 15,413 milhões de assinantes no segmento residencial, redução de 5,3% na comparação anual, em função da queda da base de banda larga e de telefonia fixa, devido a uma tendência natural do mercado de redução do uso de voz.

Já no segmento de mobilidade pessoal (linhas pré e pós-pagas), o Arpu totalizou R$ 16,1, um crescimento de 4,3% na comparação anual.

O segmento pré-pago da Oi encerrou o segundo trimestre com 29,443 milhões de clientes, queda de 10,7% na comparação anual devido à política da empresa de desconexão de clientes inativos e ao cenário de desemprego elevado no País. Já o Arpu subiu 8,4%, com aumento da receita vinda do consumo de dados pelos clientes.

No pós-pago, a Oi registrou 7,033 milhões de clientes no segundo trimestre, apresentando um crescimento de 2,8% na comparação anual. A companhia não informou o Arpu desse segmento.

No segmento B2B (telefonia fixa e móvel, banda larga e TV paga para empresas), a Oi apresentou uma base de 6,541 milhões de clientes, crescimento de 0,6% na comparação anual.

Segundo a Oi, a aprovação do plano de recuperação judicial em dezembro de 2017 trouxe um grau de transparência e clareza maior para a negociação com os clientes desse segmento. Com um ambiente de negócios mais favorável, foi possível dar início à reestruturação do segmento, baseada na aquisição de novos clientes, monetização da base e fidelização e retenção.