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A receita bruta do Grupo Pão de Açúcar (GPA) alcançou R$ 16,5 bilhões no quarto trimestre de 2019, o que representa um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2018. A prévia foi divulgada na última quarta-feira 15. O BTG Pactual destacou o aumento das vendas da rede Assaí (+19,7%) e o desempenho negativo da divisão Multivarejo (-2%) que reúne as bandeiras Extra Hiper (-4,8%), Pão de Açúcar (-0,3%), Extra Super (+3,3%) e de bairro (+10%). “No geral, ainda temos melhores perspectivas para CDB com uma economia mais brilhante e aumento da inflação da carne no Brasil. No entanto, em uma análise comparativa, a perspectiva de crescimento para varejistas de alimentos no Brasil deve ser fraca em comparação com outros setores do varejo nos próximos trimestres”, diz o BTG Pactual, em relatório. Já a XP Investimentos ressaltou que a operação online da empresa cresceu acima de 40% na comparação anual e já representa 6% das vendas da bandeira Pão de Açúcar. “Esperamos que o processo de segmentação dos hipermercados contribua para a melhora de vendas”, afirma a XP, em relatório.

SANEAMENTO
Sabesp negocia contrato com prefeitura de Mauá

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A prefeitura de Mauá (SP) negocia com a Sabesp um contrato de prestação de serviços por 40 anos nos próximos dias. Em troca, a Sabesp perdoaria uma dívida de R$ 3,2 bilhões que a cidade tem com a empresa desde 1995. Para a Guide Investimentos, o impacto é positivo para Sabesp pela expansão da rede em São Paulo, ao mesmo tempo que encontrou um desfecho para dívida sem previsão de pagamento.

INDÚSTRIA
WEG fornecerá aerogeradores por R$ 590 milhões

A WEG assinou contratos com a Aliança Energia para o fornecimento de 43 aerogeradores de 4,2 MW, com capacidade instalada de 180,6 MW e faturamento esperado em R$ 590 milhões. O montante representa cerca de 0,8% do valor de mercado da WEG. As entregas dos aerogeradores devem começar em 2021 e se estender até 2022, com a receita proveniente do projeto entrando a partir de 2021. “O produto possui potência maior, o que aumenta a competitividade do produto local e internacionalmente”, disse a XP Investimentos, em relatório.

DESTAQUE NO PREGÃO
Azul compra TwoFlex por R$ 123 milhões

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A Azul anunciou no último dia 14 de janeiro que adquiriu a empresa aérea regional TwoFlex, por R$ 123 milhões. A TwoFlex oferece serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, dos quais apenas três estão sendo atendidos pela Azul. “A TwoFlex também conta com 14 horários diários de partidas e chegadas na pista auxiliar de Congonhas – São Paulo (SP), o principal terminal doméstico do País. Sua frota é composta por 17 aeronaves Cessna Caravan próprias, um turboélice regional monomotor com capacidade para nove passageiros”, disse a corretora Terra Investimentos, em relatório. A XP Investimentos também destacou a operação de aquisição. “É positiva para a Azul, sustentada pelo fato da companhia potencialmente usufruir de uma capacidade maior em um aeroporto de alto tráfego e ampliar sua exposição a novas cidades por meio de rotas já operadas pela TwoFlex”, afirma a XP, em relatório.

CONSTRUÇÃO
Helbor vende ativos via fundo

A Helbor anunciou a venda de imóveis prontos para constituição do Fundo de Investimento Imobiliário Multi Renda Urbana, no valor de R$ 175,2 milhões. Os recursos serão utilizados para pagamento de dívida referente ao Certificado de Recebíveis Imobiliário (CRI). Foram vendidos três imóveis de unidades concluídas localizados em: São Paulo, Osasco e Rio de Janeiro. “A notícia é positiva para a Helbor, pois a empresa irá reduzir o estoque pronto e ao mesmo tempo diminuirá o endividamento bruto”, disse a Levante, em relatório.

NÚMERO DA SEMANA
R$ 1.045

É o novo valor do salário mínimo anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro e pelo Ministério da Economia, na última semana. O montante é R$ 6 superior ao estabelecido no orçamento do governo e equipara o poder de compra à variação de 4,48% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE em 2019. Como efeito do INPC, em janeiro e fevereiro todos os segurados empregados devem recolher 8% para o INSS se o salário de contribuição for de até R$ 1.830,29; 9% para quem recebe entre R$ 1.830,30 e R$ 3.050,52; e 11% para salários de R$ 3.050,53 até R$ 6.101,06. Já devido aos prazos da reforma da Previdência em vigor, a partir de março as faixas de recolhimento serão de 7,5% para salários de contribuição de até 1.039; 9% para salários de R$ 1.039,01 até R$ 2.089,60; 12% para salários de R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40; e 14% para salários de R$ 3.134,41 até R$ 6.101,06.

MERCADO EM NÚMEROS

R$ 25 milhões

É o valor que o BV – nova marca do Banco Votorantim – liderou em novo aporte na fintech Olivia. A rodada de investimentos também foi acompanhada pela MSW Capital através do fundo BR Startups. A Olivia é uma assistente financeira virtual que usa Inteligência Artificial e economia comportamental para conhecer os hábitos de consumo das pessoas e auxiliá-las com os gastos.

R$ 14 bilhões

É o volume de investimentos declarado por brasileiros em moedas virtuais, de acordo com levantamento da Receita Federal entre agosto e setembro de 2019.
A corretora BitcoinTrade acredita que em 2020 o cenário será mais positivo. “É possível comprar a criptomoeda como ações na bolsa de valores, ou qualquer outro ativo, como petróleo”, afirma o COO Daniel Coquieri.

R$ 120 milhões

Foi o faturamento da Saque e Pague em 2019. O número é 30% maior do que o de 2018. Para 2020, a expectativa é que a companhia alcance R$ 165 milhões. A empresa é provedora de serviços na rede de autoatendimento com recarga de cartões de transporte, recarga de celular, câmbio, entre outros.

ENTREVISTA DA SEMANA
“O brasileiro não conhecia o sistema de cupons de desconto e o nosso objetivo era mostrar como aquilo mudaria a vida dele”

Quem é Nara Iachan: Formada em economia pela UFRJ/ MBA em Business, Management e Marketing pela UFRJ/Listada na Forbes Under 30 (Jan/2012)/Cofundadora, diretora comercial e CMO da Cuponeria (Crédito:Divulgação)

Em entrevista à DINHEIRO, Nara Iachan, cofundadora da Cuponeria, explica que sua empresa inovou com um novo formato para as conhecidas campanhas de Compre e Ganhe. É tudo automático: nas atuais ações, basta o QR Code da nota fiscal para que o consumidor resgate seu prêmio ou desconto.

Há 10 anos não se ouvia falar o termo cupons de descontos por aqui. Como foi essa trajetória da Cuponeria?
Começamos com pequenos descontos em estabelecimentos comerciais que firmamos parcerias no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Foi quando percebemos que, na verdade, as pessoas precisavam experimentar e comprovar que o desconto era real. A estratégia inicial foi um desconto em cima de outro anunciado e deu certo. A partir daí, começamos a expandir.

Como a empresa sustentou o modelo de negócios em meio aos concorrentes?
Desde a fundação, focamos muito na experiência do usuário. Queremos que as pessoas recebam o cupom como um presente. As parcerias trazem o engajamento das ofertas e, por mais incrível que pareça, a gratidão por parte dos usuários. A fidelidade faz com que os clientes fiquem sempre atentos às novidades da marca, acompanhando oportunidades e compartilhando estas informações.

Quais os frutos de 2019 e planos para 2020?
A Cuponeria inova trabalhando para que as marcas aumentem as vendas com um recurso que notifica consumidores que estão próximos aos pontos de venda. A pessoa recebe um alerta sobre a promoção seguindo o perfil da base de dados dele no nosso sistema. Hoje a Cuponeria tem parcerias exclusivas e diretas como 20% na loja toda rede de lojas Marisa que valem para qualquer época, inclusive em cima de qualquer outro desconto ofertado pela empresa. Ainda temos em mente um sistema de cashback instantâneo e o desconto mágico que estará atrelado ao cartão de crédito que a pessoa tem cadastrado na plataforma. A pessoa terá um desconto inesperado em alguma compra que fizer com o cartão.