O período de quarentena deixou os consumidores mais receosos e a reabertura não está fácil para os lojistas. Esses comerciantes avaliam que o desemprego, o receio de perder a renda mensal e o medo de acabar infectado pela covid-19 estão atrapalhando as vendas.

Em entrevista ao UOL, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alfredo Cotait Neto, disse que a reabertura é um alento, mas as poucas vendas preocupam. Na comparação com abril e maio de 2019, as vendas deste ano ficaram 67% abaixo do registrado.

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Outra reclamação agora é direcionada a restrição do horário de funcionamento dos shoppings, que estão limitados a 4 horas diárias. A alegação da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites é de que a restrição não cobre custos fixos do negócio e provoca mais aglomeração.

Por isso, os próximos dias serão essenciais para os lojistas saberem se vão segurar a crise sem demissões, ou se vão ter de partir para o plano emergencial.

Nesse sentido, a ampliação de pelo menos mais duas horas no funcionamento dessas lojas, além da liberação de crédito prometida pelo governo e a Medida Provisória 936 – que permite a redução de jornada e salários dos empregados – são balizadores do setor.