Os rebeldes huthis do Iêmen acusaram nesta sexta-feira a coalizão liderada pela Arábia Saudita por uma “grave escalada em Hodeida”, cidade portuária do oeste do Iêmen, com objetivo de dinamitar o acordo” alcançado em dezembro em Estocolmo sobre uma trégua e uma retirada militar na localidade.

“Os ataques intensos contra Hodeida constituem uma grave escalada que pretende dinamitar o acordo da Suécia”, declarou Mohamed Abdesalem, um dos líderes huthis, citado pelo canal de televisão Al-Masirah, um dia depois da ofensiva anunciada pela coalizão.

“A coalizão será considerada responsável pelas consequências desta escalada e a postura da ONU a respeito será observada com interesse”, completou.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita, presente no Iêmen desde 2015, anunciou na quinta-feira o início de uma operação militar contra os rebeldes huthis apoiados pelo Irã, o primeiro ataque desde a agressão contra as instalações petroleiras sauditas na semana passada.

Fontes da coalizão afirmaram que destruíram quatro locais usados pelos rebeldes para fabricar embarcações teleguiadas e minas marinhas.

Os huthis reivindicaram os ataques de 14 de setembro contra instalações petroleiras do leste da Arábia Saudita.

O governo saudita e os Estados Unidos, no entanto, acusam o Irã de estar por trás, algo que Teerã nega.