Como previsto nos últimos meses por um relatório do Citigroup, os medicamentos vão ficar 10,89% mais caros no Brasil. E quem afirma isto é o Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), que acompanha as discussões sobre o tema e aponta que o governo já definiu o reajuste.

Segundo o representante do setor, o índice de reajuste leva em conta a inflação para 2021, que ficou em 10,06%, e o chamado fator Y, divulgado nesta terça-feira (29) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo federal vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O fator Y leva em conta os preços relativos entre setores da economia e os preços do próprio setor farmacêutico. Além dele, o fator X, estabelecido com base na estimativa de ganhos de produtividade do setor, também integra a base de cálculo do reajuste dos medicamentos, no entanto a CMED definiu o fator em zero.

Agora, esse reajuste precisa passar pela aprovação do governo federal, mas o Sindicato do setor, que reúne 95% das empresas, acredita que a alteração nos preços deve ser aplicada já nesta quinta-feira (31). Apesar disso, o Sindusfarma observa que as empresas farmacêuticas regulam os preços e podem fazer com que o impacto deste aumento acabe diluído ao longo dos dias.