A Prefeitura de São Paulo já recebeu mais de 96 protocolos sanitários que permitirão a reabertura dos setores econômicos na capital, agora na fase 2 da quarentena contra o coronavírus. A boa notícia para esses setores é que pelo menos 53 deles estão enquadrados em serviços que podem reabrir nesta fase, dependendo apenas da liberação da Prefeitura.

Somente as concessionárias e escritórios estão fora dos serviços essenciais e já foram liberadas para o funcionamento com horário reduzido. Nesta segunda-feira (8), o prefeito Bruno Covas disse que a prioridade é atender os protocolos que podem reabrir nesta segunda fase e afirmou que entende a pressão pela reabertura do comércio na semana do dia dos namorados, mão não pode atropelar a Vigilância Sanitária.

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A quarentena oficial seguirá até o dia 15 de junho, quando, em tese, a capital deve entrar por completo na segunda fase de reabertura, como já está acontecendo com boa parte das cidades do interior de São Paulo. Até lá, atividades imobiliárias, comércio de rua, academias, salões de beleza, teatros, cinemas e shoppings, que estão liberados pelo governo estadual (veja gráfico abaixo), seguirão fechados.

Enquanto isso, a prefeitura segue discutindo com entidades setoriais os protocolos de reabertura, onde elas indicam os passos que seguirão para a proteção de seus funcionários. Os pedidos de análise dessas entidades podem ser feitos através do site do Executivo municipal.

As restrições colocadas pelo plano de reabertura levam em conta sempre o quadro de funcionários que serão liberados por empresa e os horários de funcionamento dos estabelecimentos. Nesta tabela, todos os setores com exceção da indústria não essencial, construção civil, concessionárias e escritórios sediados na capital paulista estão na fase 1, de restrição total.
As restrições colocadas pelo plano de reabertura levam em conta sempre o quadro de funcionários que serão liberados por empresa e os horários de funcionamento dos estabelecimentos. Nesta tabela, todos os setores com exceção da indústria não essencial, construção civil, concessionárias e escritórios sediados na capital paulista estão na fase 1, de restrição total. (Crédito:Governo do Estado de São Paulo)

No caso das concessionárias e escritórios, os protocolos obrigam o distanciamento social de no mínimo 1,5 metro, com demarcações e barreiras físicas, além do estímulo ao home office para funcionárias com filhos pequenos e colaboradores no grupo de risco.A higiene e sanitização desses locais deve contar com a disponibilização de álcool em gel 70% em postos-chave, uso obrigatório de máscaras, medição de temperatura dos funcionários e higienização dos sistemas de ar-condicionado.

A prefeitura também exigiu que as empresas adotem formas de comunicação com os funcionários, informando como serão as regras dentro dos estabelecimentos neste período de restrições. Esses avisos podem ser feitos através de e-mails, portais online, cartazes e panfletos, por exemplo.

Algo que deve ser a tônica dessas retomadas parciais é o horário de funcionamento, que será de apenas 4 horas diárias, fora do horário de pico do trânsito (manhã e fim da tarde) e uma limitação de 20% do quadro de funcionários trabalhando por turno.

Na semana passada, quando anunciou como seria a reabertura das concessionárias e escritórios, o prefeito Bruno Covas alertou que os setores precisam apresentar no plano de retomada uma espécie de proteção para as mulheres.

Se a prefeitura seguir o plano anunciado pelo governo Estadual, as próximas atividades que deverão entrar na lista de liberação serão o comércio de rua, shoppings e atividades imobiliárias.