Já pensou em um plano de fidelidade que, ao invés de pontos, você recebe moedas virtuais? E que, no limite, poderiam se transformar em Bitcoins e receber o dinheiro direto na conta? Pois a Rakuten está fazendo isso no Japão.

A companhia é uma gigante do e-commerce e busca concorrer com a Amazon globalmente. No entanto, atualmente, ela ainda é mais conhecida no ocidente por patrocinar o time do Barcelona do que por sua operação. E como a rival americana, essa japonesa gosta de fazer incursões em mercados não tão óbvios.

Uma de suas estratégias para isso é o investimento em startups. Em 2016, ela comprou uma jovem empresa especializada em criptomoedas, chamada Bitnet, após investir anteriormente nela. E agora, dois anos depois, surge o primeiro fruto dessa aquisição – a Rakuten Coin.

Hoje, quando um usuário compra algo na loja virtual da Rakuten, ele passa a fazer parte do programa de fidelidade da companhia e recebe pontos. Com a Rakuten Coin, esse consumidor poderá receber esses pontos em forma de moedas virtuais.

Segundo o site de tecnologia TechCrunch, o CEO da empresa, Hiroshi Mikitani, afirmou na Mobile World Congress, que acontece nesta semana em Barcelona, na Espanha, que a Rakuten Coin nasce para ser um programa de pontos sem fronteiras. Isso permitiria que usuários de todo o mundo utilizassem a moeda virtual para trocar por bens em sua localidade. No entanto, Mikitani não deu um prazo para que a moeda seja lançada.

Desde que a Rakuten iniciou seu programa de fidelidade, há 15 anos, ela já distribuiu mais de 1 trilhão de “Super Points”, equivalentes a US$ 9 bilhões.

O Japão foi um dos primeiros países a abraçar as criptomoedas. O banco central do país já regulamentou a moeda, permitindo a legalidade na transações entre pessoas e empresas. Então, a Rakuten, uma gigante asiática do e-commerce, resolveu apostar nas criptomoedas para surfar a onda nascida com a Bitcoin.