O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), afirmou que permanece na disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A vaga, que pertence ao PMDB, também está sendo pleiteada por Edison Lobão (MA), candidato apoiado pelo ex-presidente da Casa Renan Calheiros (AL) e Marta Suplicy (SP). Para evitar um racha na bancada, Lira defende que a votação seja feita entre os membros da CCJ.

Nos bastidores, Renan tenta pressionar Lira, que está irredutível, a desistir do cargo. Ele alega que quer a presidência da CCJ desde outubro do ano passado, quando Renan afirmou que assumiria o cargo e sugeriu que Lira fosse o líder do PMDB. Na semana passada, contudo, Renan mudou de ideia e assumiu a liderança do partido. Lira também defende que merece o cargo por sua atuação na presidência da comissão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), querem que o nome para a presidência da CCJ seja indicado o quanto antes. O objetivo é acelerar a contagem de prazo para a sabatina de Alexandre de Moraes, indicado por Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF). Inicialmente, Eunício defendia Lira como seu candidato, mas com o impasse optou por se afastar da disputa, deixando para Renan a tarefa de resolver a questão.