Foi o volume de recursos captado no mercado de capitais doméstico de janeiro a setembro de 2019, segundo o boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Esse montante é 42% superior ao volume obtido em igual período de 2018. Para o vice-presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, o resultado é positivo. “A demanda está vindo do mercado interno, com destaques para debêntures e ofertas de ações”, disse o representante da associação em entrevista. De acordo com dados detalhados por ele, o resultado em nove meses fechados de 2019 é o maior da série histórica da Anbima. “Foi um ano muito bom para debêntures, a maior parcela indo para fundos de investimentos, cada vez mais ativos na compra de papéis de projetos de infraestrutura”, diz.

 

 

R$ 122,3 bilhões
É o volume registrado em emissões de títulos de dívida corporativa doméstica (debêntures) no ano, até setembro, conforme dados do boletim de mercado de capitais da Anbima. De acordo com o documento, o refinanciamento dos passivos (dívidas) representa o maior montante da destinação dos recursos das emissões, com 44,3%, incluindo nessa parcela a recompra ou resgate de debêntures de emissão anterior, seguido do financiamento do capital de giro, com 29%. O prazo médio das emissões até setembro está em 5,7 anos, inferior ao observado no mesmo período do ano passado, quando era de 6,2 anos. Já nas debêntures incentivadas pela lei 12.431 voltadas para projetos de infraestrutura, o prazo médio caiu de 10,6 anos para 10,5 anos.

R$ 57,61 bilhões
Foi o montante captado em operações de ações em nove meses fechados deste ano, sendo R$ 4,51 bilhões em ofertas iniciais (IPOs) e R$ 53,1 bilhões em aumento de capital (follow-on), sem contar emissões recentes de outubro, como a do IPO da Vivara (R$ 2,3 bilhões), ou da oferta secundária pública de ações do Banco do Brasil (R$ 5,75 bilhões), coordenada pela Caixa Econômica Federal. Ao mesmo tempo, no segmento de captações externas, as emissões somam US$ 17,85 bilhões no acumulado até setembro, considerando US$ 16,625 bilhões em bônus e US$ 1,224 bilhão em renda variável (Petrobras, Linx e Gol Linhas Aéreas).