É o montante captado via instrumentos do mercado de capitais em 2019, até agosto, o que corresponde a um crescimento de 38,7% em comparação com os R$ 173 bilhões do mesmo período no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). “A expectativa dos agentes é de que o bom desempenho deste ano se mantenha nos próximos meses, diante do volume expressivo de emissões que ainda estão em análise pela CVM”, diz a associação, em nota. As debêntures representam quase metade do volume total emitido nos oito meses do ano, com 48,9% (ou R$ 117,4 bilhões). Em seguida vêem as distribuições secundárias de ações (follow-on), com 21% do total (R$ 49,5 bilhões). Os investidores institucionais são os principais demandantes nas ofertas de debêntures, com 62,9%.
Também com um crescimento de destaque, de 56%, o volume emitido pelos fundos de investimentos imobiliários foi de R$ 16,3 bilhões no ano, até agosto, ante R$ 10,5 bilhões no mesmo período de 2018. Os maiores detentores nas ofertas públicas desse instrumento foram as pessoas físicas, com 53,8%, seguidas dos institucionais, com parcela de 41,1%.


IGP-M em queda

Primeira prévia do índice passou a indicar deflação no segundo semestre
(IGP-M – 1a prévia)

Indicador que corrige os aluguéis, tarifas públicas e concessões, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) mostrava sinais de alta no primeiro semestre e passou para o terreno negativo na segunda metade do ano. Menos previsível dos índices de inflação, o IGP-M tem uma variação acumulada de 4,96% nos 12 meses até agosto


0,16%
É a variação do IMA-Geral em agosto, índice da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) que mede o desempenho dos títulos de renda fixa. O resultado do mês passado foi o pior dos últimos 12 meses, influenciado pelas incertezas políticas e econômicas no mercado externo, principalmente por conta da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o temor de uma crise global e o anúncio de moratória na dívida interna na Argentina”, afirma Hilton Notini, gerente da Anbima. Esse cenário impactou negativamente o mercado de renda fixa, principalmente os títulos indexados à inflação, que têm vencimentos mais longos e são mais sensíveis às incertezas de médio e longo prazo, diz a associação.

R$ 4,5 bilhões
É o quanto alcançou a captação líquida da indústria de fundos em agosto, resultado bastante inferior à média mensal de R$ 24 bilhões no ano. A classe renda fixa respondeu por boa parte do desempenho da indústria, com resgate de R$ 9,2 bilhões. A classe de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) também registrou resgate líquido de R$ 5,8 bilhões. Já a classe de ações apresentou a maior captação líquida, de R$ 7,4 bilhões. A classe multimercados aparece logo em seguida, com entrada líquida de R$ 6,2 bilhões.