O fundo americano de private equity Advent abriu o bolso mais uma vez. Depois de comprar a distribuidora de produtos químicos quantiQ por R$ 550 milhões, em janeiro, a companhia anunciou investimento em uma participação minoritária da Easyinvest, corretora digital que possui 154 mil usuários ativos e cerca de R$ 10 bilhões sob gestão.

O aporte é estimado em R$ 200 milhões. “Estávamos em busca de um parceiro que nos trouxesse expertise e não apenas dinheiro”, afirma Márcio Cardoso, um dos sócios da Easyinvest.

Com a Advent, a fintech pretende mais do que dobrar de tamanho até o fim do ano. Segundo Cardoso, a meta é ultrapassar os 310 mil usuários e os R$ 20 bilhões em investimentos. Para Mário Malta, sócio da Advent, ainda há muito espaço para Easyinvest crescer e, quem sabe, abrir seu capital no médio prazo.

Bolso cheio

Os próximos alvos do Advent, dono de ativos avaliados em US$ 42 bilhões ao redor do mundo, estão em seis setores: saúde, varejo, infraestrutura, tecnologia, telecomunicações e educação.

Os negócios que estão sendo avaliados atualmente são a compra do laboratório de genéricos Teuto e do controle da Via Varejo, braço de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar. Questionado sobre as negociações, Mário Malta desconversou. “Não posso falar nada”, disse, aos risos.

(Nota publicada na Edição 1009 da Revista Dinheiro, com colaboração de: André Jankavski e Vera Ondei)