Em entrevista à DINHEIRO, Maurício Carrer, CEO da construtech IstaCasa, fala sobre a inovação que permite a visão, em tempo real, de tudo o que pode ser construído no espaço.

Onde foi enxergada a lacuna para trabalhar com o setor de loteamentos?
É um dos mercados que mais cresce no Brasil. Apenas no estado de São Paulo, são licenciados aproximadamente 150 mil lotes por ano. Por outro lado, em apenas 14% das reformas ou construções no País, são utilizados serviços de um arquiteto ou engenheiro. Um dos principais motivos por não escolher a assessoria desses profissionais é a questão financeira. Isso vem acompanhado da falta de planejamento e conhecimento, o que dá brecha para previsões incorretas dos gastos.

Podemos dizer que com a IstaCasa o caminho para a casa dos sonhos fica mais curto?
Exatamente. A ideia é reduzir as incertezas quanto ao que pode ser construído, aumentando a percepção de valor no momento da compra, com um projeto que satisfaça as necessidades do comprador. Pelo nosso site e aplicativo, é possível aplicar filtros na busca pelo projeto ideal, como número de dormitórios, área construída e até estilo. O objetivo é que o comprador encontre o projeto ideal na nossa plataforma.

O cenário para 2020 é promissor?
Até o final de 2019, a InstaCasa esteve presente em mais de 35 empreendimentos espalhados por cinco estados. Foi quando recebemos uma rodada de investimentos de R$ 700 mil, liderada por Gávea Angels e Construtech Angels. Esperamos chegar a 70 negócios até o final de 2020.

Número da semana
1,80% ao mês

É o teto de juros mensais para empréstimo consignado de aposentados e pensionistas do INSS aprovados pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). O percentual anterior era de 2,08% ao mês e a redução está dentro do pacote das medidas de crédito propostas pelo Banco Central, na terça-feira 17. Outra medida é a extensão do prazo máximo dos contratos, de 72 meses para 84 meses. O consignado via cartão de crédito também terá redução de juros (de 3% para 2,7% ao mês). O Ministério da Economia solicitou que os bancos públicos – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – possam atuar para socorrer empresas em dificuldades. A medida não é consenso. “O governo deveria aguardar um pouco, e não dar crédito antes da hora”, disse Fábio Astrauskas, economista e professor do Insper. “É preciso avaliar quais são os setores que estão sendo mais afetados e aí, sim, buscar as soluções.” Ele aponta os segmentos de companhias aéreas, hotéis, restaurantes, shoppings e o setor de entretenimento (cinema, teatro) como os que passam por maiores dificuldades de caixa.