Um queniano foi extraditado aos Estados Unidos nesta segunda-feira (25), acusado de integrar uma organização para traficar ao menos 190 quilos de chifres de rinoceronte e ao menos 10 toneladas de marfim, avaliados em 74,4 milhões de dólares, informou a procuradoria de Manhattan.

Mansur Mohamed Surur, de 60 anos, é acusado de cinco delitos, que incluem contrabando vinculado ao massacre de 35 rinocerontes e mais de cem elefantes, ambas espécies selvagens protegidas, assim como lavagem de dinheiro e conspiração para distribuir mais de 10 quilos de heroína, informou a justiça em um comunicado.

Se for considerado culpado, poderá ser condenado à prisão perpétua.

Mansur foi detido no Quênia há sete meses, após chegar do Iêmen, enquanto outros dois cúmplices foram extraditados aos Estados Unidos de Uganda e Senegal em 2019 e em abril de 2020. Um quarto acusado queniano está foragido.

De dezembro de 2012 a maio de 2019, os acusados “conspiraram para transportar, distribuir, vender e contrabandear pelo menos 190 quilos de chifres de rinoceronte e pelo menos 10 toneladas de marfim de elefante” de ou passando por vários países do leste da África, para compradores nos Estados Unidos ou no sudeste asiático, segundo os promotores.

Os acusados enviavam as mercadorias proibidas escondidas em remessas de arte africana, como máscaras e estátuas, e usaram o sistema financeiro americano para as transações ilegais, diz a acusação.

Mansur e seus sócios mantiveram várias conversas sobre uma eventual venda de chifres de rinocerontes com uma fonte confidencial das autoridades americanas, graças à qual foram apreendias várias remessas, disseram os investigadores.