Restam apenas cinco candidatos (três mulheres e dois homens) na disputa pela liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC), uma instituição atacada pelos Estados Unidos em meio a uma crise econômica mundial. Quem são eles?

– Liam Fox, do Reino Unido –

Este escocês pró-Brexit de 58 anos, ex-médico, dirigiu o Ministério do Comércio Exterior de 2016 a 2919 no governo de Theresa May. Também esteve na liderança do Ministério da Defesa (2010-2011). Se comprometeu a que pelo menos metade dos membros da equipe diretiva da OMC sejam mulheres.

Ele diz: “O livre comércio nunca deve ser uma batalha de campo”.

– Amina Mohamed, Quênia –

A ministra de Esportes queniana (58 anos) é muito conhecida em Genebra: ex-embaixadora na OMC, já liderou os três órgãos mais importantes da organização no passado. Em 2013, foi candidata contra Roberto Azevedo, que na segunda-feira deixa seu cargo, e presidiu a conferência ministerial da OMC de 2014.

Ela diz: “Devemos romper o ciclo do desespero e entrar em uma nova fase de esperança e realismo”.

– Ngozi Okonjo-Iweala, Nigéria –

Foi a primeira mulher de seu país a dirigir os ministérios das Finanças e Relações Exteriores. Esta economista por formação, de 66 anos, também foi diretora de operações do Banco Mundial. Preside a Aliança Mundial para as Vacinas e Imunização (GAVI) e dirige um dos programas da Organização Mundial da Saúde no combate à covid-19.

Ela diz: “O comércio é para mim uma paixão e uma missão”.

– Mohammed Al Tuwaijri, Arábia Saudita –

Este ex-piloto da força aérea de 53 anos realizou diversas missões durante a Guerra do Golfo. Também é banqueiro e liderou as operações de JPMorgan na Arábia Saudita antes de se incorporar ao HSBC.

Ele diz: “Se todas as rodas não girarem corretamente, o triciclo não poderá avançar com os membros” da OMC.

– Yoo Myung-hee, Coreia do Sul –

Esta sul-coreana de 53 anos é a primeira mulher em seu país a liderar o Ministério do Comércio. Dedicou sua carreira ao comércio e assumiu o arquivo da OMC no Ministério do Comércio em 1995. Depois, liderou as negociações sobre os acordos de livre comércio, principalmente o de seu país com a China. Também trabalhou na embaixada sul-coreana na China (2007-2010).

Ela diz: “Pode ser coincidência, mas nasci em 1967, o ano em que a Coreia se juntou ao GATT, e comecei minha carreira no comércio quando a OMC nasceu em 1995”.