Desde quando a invasão russa à Ucrânia foi deflagrada na última quinta-feira (24), fala-se muito dos bilionários russos e de seu apoio a Vladimir Putin. 

Essa relação é tão estreita que na própria quinta-feira, Putin disse, em reunião com empresários, que o governo não tinha outra escolha a não ser invadir o país vizinho. Já o presidente norte-americano Joe Biden disse na sexta que os ativos dos bancos russos no país serão congelados e que as sanções aos milionários russos começarão em breve. 

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De acordo com levantamento da Forbes, a Rússia é hoje o quinto país do mundo com mais bilionários, com 117. A maioria deles ganhou fortuna rapidamente depois do fim da antiga União Soviética, em 1991. 

Um dos maiores oligarcas russos é Roman Abramovich. Ele é dono do atual campeão da Liga dos Campeões da Europa, o Chelsea, e tem uma fortuna avaliada em US$ 14,3 bilhões (R$ 73 bilhões). Ele foi um dos que fez fortuna nos processos de privatização de empresas estatais com o fim da URSS. Ele ainda não sofreu nenhuma sanção do governo britânico. 

Ele é um dos bilionários que seguem alinhados com o presidente Vladimir Putin, que assumiu o poder em 1999. Há, desde então, um suposto benefício a vários empresários que seguem a cartilha do mandatário. 

O alinhamento de Abramovich, no entanto, não quer dizer apoio oficial à guerra contra a Ucrânia. De acordo com agências internacionais, o empresário está empenhado para que a guerra acabe. 

No último domingo (27) outros bilionários se posicionaram oficialmente contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. Mikhail Fridman, do setor financeiro, apontou em uma carta que a guerra cria uma barreira entre os dois países. Já Oleg Deripaska, do setor siderúrgico e que mantém estreitos laços com Putin, ressaltou a importância da paz na região em uma mensagem via Telegram.