Não são apenas Neymar, Paulo Henrique Ganso ou Alexandre Pato que ganham com a chegada de Mano Menezes ao comando da Seleção Brasileira. A convocação anunciada pelo atual técnico do time nacional trouxe outro tipo de renovação: de patrocinadores. 

 

As eternas rivais Nike e Adidas, por exemplo, ganharam a companhia de outras marcas de material esportivo. A Reebok, que patrocina o Internacional e o São Paulo, ganhou por tabela exposição com Hernanes, do time paulista, e Sandro, da equipe gaúcha. 

 

Embora não patrocine nenhum jogador da nova Seleção, a inglesa Umbro é outra que pega carona. Fornecedora do Santos, a empresa está no peito dos jogadores Ganso, Neymar e Robinho. 

 

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Até a desconhecida Champs terá sua chance de aparecer na vitrine nacional. A empresa patrocina Renan, goleiro do Avaí, também na lista. O mesmo acontece com a Puma, patrocinadora do Grêmio de Porto Alegre, do goleiro Victor. 

 

E a profusão de novas marcas que entram em campo não fica apenas na área de materiais esportivos. A Samsung, que tem contrato com Robinho, ganhou a companhia da Panasonic, patrocinadora pessoal de Neymar. 

 

Para Rafael Plastina, da empresa de medição de retorno de imagem Informídia, a Samsung leva vantagem sobre a rival por ter saído na frente. A coreana escalou Robinho como garoto-propaganda antes de ele voltar a jogar no Santos, em fevereiro deste ano. 

 

E, mesmo com a derrota da Seleção na África, ele continua dando retorno para a empresa. “Em força de imagem, pela ligação emocional e, sim, há impacto nas vendas porque o consumidor dá retorno às marcas que apostam no esporte”, diz Paola Campanari, gerente de marketing corporativo da empresa. 

 

Mas quem ganha mais com toda essa mudança promovida por Mano Menezes são a Seara e a Samsung. Isso porque ambas já criaram identidade com atletas convocados que podem tornar-se protagonistas na saga rumo ao hexa. 

 

Antes de a bola rolar na África do Sul, a Seara investiu estimados US$ 100 milhões para patrocinar a Fifa nas Copas da África e na do Brasil e resolveu investir também no badalado trio Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho. Os dois primeiros não estavam na lista de Dunga, mas entraram na de Mano Menezes e, melhor que isso, a propaganda com os garotos é uma das mais lembradas pelos consumidores brasileiros. 

 

Luiz Fernando Musa, diretor-geral da agência de publicidade Ogilvy & Mother, que contratou o corintiano Ronaldo como garoto-propaganda da operadora Claro, manda o recado para empresas que investem ou não em futebol. 

 

“Mano Menezes resgatará a vontade de todo brasileiro de torcer pela Seleção. Ele chamou os craques que a torcida queria”, diz Musa. Sua missão, entretanto, é mais ampla: fazer as empresas olharem para o time com outros olhos.

 

 

Colaborou Érica Pólo